Em seus mais recentes discursos, o vice-governador de Alagoas, José Thomaz Nonô (Democratas) – que se encontra no exercício do comando do Executivo – ressalta o que considera importante nas conquistas da administração tucana, porém – como sempre – faz questão de pontuar as diferenças de pensamento entre ele e o governador Teotonio Vilela Filho (PSDB).
Nonô trabalha – conforme bastidores - para ser o candidato da situação, em 2014. Porém, sabe que um dos desafios é lidar com o desgaste de ser o atual representante do governo de Vilela, que tem sofrido duras críticas, principalmente no quesito “segurança pública”. Nonô focou o tema no pouco tempo de governador em exercício.
Eis a estratégia de pontuar a diferença. O vice-governador fez questão de não se mostrar letárgico e ainda contou com a prisão dos acusados de assassinarem um dos homens da PM, em um crime brutal que chocou o Estado. Um ponto que enriqueceu seu discurso. Resta saber o impacto na opinião pública.
Na manhã de hoje, mais uma coletiva – como mostra o CadaMinuto – onde este foi o tema. Se for realmente candidato em 2014, como tudo indica, Nonô fará questão de apresentar um projeto que não seja de continuidade, mas com marca própria. Uma posição que busca se distanciar do “jeito tucano de ser”. Porém, para consolidar a candidatura, Nonô também depende da saída de Vilela do comando do Executivo.
Tudo indica que o atual governador disputará o Senado Federal. Terá pela frente uma – como dito no popular – “pedreira” na briga com o senador Fernando Collor de Mello (PTB) e a vereadora Heloísa Helena (PSOL).
Enquanto a candidatura de Vilela não se consolida, Nonô mantém cautela ao falar sobre eleições, mas trabalha – é possível notar! – em sua imagem. O vice-governador fez questão, por exemplo, de cobrar mais dureza da Polícia Militar de Alagoas e da Polícia Civil. Nada é por acaso. Não é coincidência a bandeira hasteada pelo vice nesta semana que passou.
Estou no twitter: @lulavilar