Em entrevista a uma Rádio Jovem Pan, o vice-governador de Alagoas, José Thomaz Nonô (Democratas) – que se encontra no exercício do governo – comentou o assassinato do soldado Ivaldo da Polícia Militar de Alagoas.
O soldado foi retirado pelos bandidos de dentro do Grupamento Militar em uma ação ousada que mostra o quanto anda frágil a segurança pública do Estado de Alagoas. Mais: o quanto o governo de Teotonio Vilela Filho (PSDB) não consegue dar resposta a sensação de insegurança sempre reforçada pelos piores índices do país.
Nonô reconheceu o quanto o caso depõe contra o governo do Estado de Alagoas. Citou – além da morte do militar – a execução do jovem Rodrigo Oliveira dos Santos, na Praia de Pajuçara. “Foram fatos lamentáveis o que ocorreram no fim de semana. O assassinado em Porto de Pedras, onde um militar foi fuzilado em praça pública e a execução de um torcedor do CSA em plena luz do dia em uma praia de Maceió são duas coisas absurdamente inaceitáveis”, colocou o governador em exercício.
José Thomaz Nonô disse que se reuniu com o delegado-geral da Polícia Civil de Alagoas, Paulo Cerqueira. “Ele tem carta branca e instruções para usar do que quiser e puder, sem restrição ou circunstâncias impeditivas, para o cumprimento do dever e apurar estes dois fatos”, salientou. Nonô cobrou “dureza” da Polícia Civil de Alagoas, além de parceria entre esta e a ação da Polícia Militar.
A situação da segurança pública é o foco das principais críticas ao governo de Vilela. Isto desde o primeiro mandato do tucano. Ao analisar os casos ocorridos no fim de semana, Nonô destacou que o assassinato na Praia de Pajuçara é um “crime estúpido que traz uma publicidade terrivelmente negativa para o Estado, em função do que repercute no setor do Turismo” afugentando visitantes de Alagoas. “Tem que ser punido com muito rigor”, destacou.
“O caso de Porto de Pedras é pior ainda. Os delinquentes foram assaltar um banco e roubar armas da polícia e fuzilaram um soldado. Isto é inconcebível. Eu dei determinações para apurar. A Polícia Civil tem que agir com o rigor que entender necessário para descobrirmos esta autoria o quanto antes e providenciar a punição exemplar para estes bandidos”, complementou.
Nonô nega que o governo seja “omisso”. “Lamentavelmente os crimes aconteceram. Não podemos devolver as vidas, mas precisamos ir fundo para descobrir os culpados dentro do menor espaço de tempo. É um insulto e fragiliza a polícia. É uma afronta. Eu estou dizendo que a Polícia Civil tem carta branca para apurar e resolver este tipo de problema, claro que no uso da lei. E a lei permite o uso da força na proporção necessária. Eu não tenho constrangimento e como governador dei a determinação explícita” reforçou.
O vice-governador fez questão de frisar que não se pode combater o crime apenas com “pregação” e culpou o crack pelos atuais indicadores da violência em Alagoas. “As policiais devem agir juntas e com dureza, com firmeza. Para que o cidadão ao ver um policial saiba que está tranquilo. Vejo consternado que policiais – fora do serviço – temem usar a farda. O governo vai se empenhar para que crimes como estes não tornem a acontecer”.
Nonô – ainda enquanto governador em exercício – disse que pretende se reunir com o presidente do Tribunal de Justiça, José Carlos Malta e com procurador-geral de Justiça, Sérgio Jucá, para buscar uma sinergia de ação na batalha contra o crime. Mais uma vez fica a sensação de que o governo de Vilela não consegue responder a altura e passar a sensação de segurança para a população. A impressão que ficou neste fim de semana é que a bandidagem – num jargão popular – deita e rola.
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