Nesta segunda-feira, dia 09, começa a peregrinação dos prefeitos alagoanos em Brasília. Mais uma vez, “pires na mão” diante da dependência eterna dos recursos federais. Há municípios alagoanos – grande parte – que sobrevive quase que exclusivamente dos repasses e dos programas. Não bastasse isto, uma completa ausência de projetos empreendedores e uma contínua galeria de escândalos de corrupção. Um ralo para o dinheiro público.
Porém, os prefeitos possuem razão quando falam dos recentes arrochos sofridos com a queda de repasses e do quanto isto tem prejudicado a administração municipal. E algumas críticas surgem até de prefeitos que fazem parte de partidos da base da presidente Dilma Rousseff (PT). A comitiva estará em Brasília entre os dias 9 e 12 de dezembro. Reuniões agendadas com o governo federal e com a bancada alagoana.
Para amanhã – dia 10 – a busca é por uma audiência urgente com a ministra da Secretaria de Relações Institucionais da Presidência da República, Ideli Salvatti e com a ministra da Casa Civil, Gleisi Hoffmann. O ponto central da pauta é a queda do FPM, além da perspectiva de crescimento de receita diante da possibilidade de reajustes para diversas categorias. Os prefeitos estão preocupados com os impactos das folhas salariais futuras nas contas das prefeituras.
Por exemplo, o reajuste do piso do magistério é uma das preocupações. São exemplos de decisões nacionais que refletem diretamente nos municípios, segundo os prefeitos. Voltamos ao primeiro parágrafo: muitos destes chefes do Executivo só dependem do que arrecadam quando passam a sacolinha. Não há outra perspectiva.
Marcelo Beltrão (PTB) – prefeito de Jequiá da Praia e presidente da Associação dos Municípios Alagoanos assim coloca: “A gente precisa discutir e mostrar nosso ponto de vista para que o Congresso Nacional entenda que essa pauta de reivindicação é justamente para que possamos fazer investimentos numa saúde de qualidade e educação de qualidade”.
A comitiva está tão focada e a agenda é tão intensa que hoje foi suspensa a tradicional reunião da Associação dos Municípios Alagoanos (AMA). Brasília, lá vão eles!
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