A deputada estadual Flávia Cavalcante (PMDB) – como já havia antecipado o CadaMinuto – anda em busca de mais dinheiro para que a Casa de Tavares Bastos feche o ano, como ela mesmo afirmou. O detalhe: as movimentações financeiras da ALE, que foram reveladas pelo deputado estadual João Henrique Caldas (Solidariedade), deixam a mostra indícios de malversação dos recursos públicos. Gastos exorbitantes com repasses aos comissionados.
Vale lembrar da “lista de ouro” que era mantida pela antiga Mesa Diretora (presidida pelo tucano Fernando Toledo), que volta em breve ao comando da Casa. João Henrique Caldas já apontou novos problemas na movimentação financeira do parlamento estadual.
Ou seja: o pedido por mais dinheiro ao Executivo, mesmo existindo sobras na ordem de R$ 12 milhões e já se sabendo que houve movimentações financeiras de aproximadamente R$ 1,3 milhões quando a Mesa Diretora de Fernando Toledo estava afastada. São dados que precisam ser esclarecidos pela atual presidente interina Flávia Cavalcante.
O Legislativo – de acordo com informações dadas por JHC – solicitou mais R$ 12 milhões de suplementação financeira. Qual a razão? Por que a ALE precisa de mais dinheiro? Como se deram os pagamentos neste período em que a Mesa era provisória? São questões que agora surgem. As respostas precisam ser dadas pela deputada Flávia Cavalcante, que – já que o regime é presidencialista – é quem responde.
Claro, o assunto não cai apenas sobre a peemedebista. Atinge também os demais deputados estaduais que estão nos cargos de direção, ainda que de forma provisória. Com a palavra, Luiz Dantas (PMDB), Ronaldo Medeiros (PT) e Marquinhos Madeira (PT). Se não há nada a temer, então que se explique o quanto antes.
O parlamento estadual precisa de extrema transparência. O que nunca se teve em sua história, mesmo depois de ter sido alvo de uma operação federal que apontou um desvio de mais de R$ 300 milhões do erário. O caso da Operação Taturana. Em relação às movimentações financeiras denunciadas por João Henrique Caldas, também nunca se ficou claro o destino. O pior: foram várias explicações dadas – desde repasses frutos de diárias e indenizações até um suposto erro da Caixa Econômica Federal (CEF) – que nunca convenceram.
A indagação central à atual Mesa Diretora é: como se deu a movimentação financeira na ALE nestes dias de afastamento do presidente Fernando Toledo e demais nomes da direção da Casa? Podemos ainda indagar: será que houve influência nas decisões? O que se pode perceber foi uma manobra no Legislativo – que deu certo! - para não se eleger um novo presidente.
Estou no twitter: @lulavilar