Quem tem cães e gatos deve ir aos postos de vacinação espalhados por toda Maceió neste sábado. É que está sendo realizado o “Dia D” da Campanha Nacional de Vacinação Antirrábica Canina e Felina. O objetivo da ação é prevenir a transmissão da raiva transmitida por estes animais na capital alagoana.
A campanha é promovida pela Secretaria Municipal de Saúde (SMS), por meio da Diretoria de Vigilância em Saúde (DVS) e pela coordenação do Centro de Controle de Zoonoses (CCZ). O objetivo da campanha é imunizar cerca de 130 mil animais na capital alagoana.
São 180 pontos de vacinação espalhados por toda a capital que estarão funcionando das 8h às 17h, instalados nas unidades de saúde e em locais como escolas e associações de moradores, facilitando o acesso à imunização dos animais. Para atingir a meta, a SMS mobilizará na ação 600 vacinadores, 12 médicos veterinários e 40 supervisores, além de pessoal de apoio.
Confira aqui os pontos de vacinação
“A campanha faz um alerta e ressalta a importância de os proprietários levarem seus animais para vacinar, reforçando por mais um ano a imunidade contra a doença, especialmente pelas consequências que ela pode trazer ao ser humano”, ressalta o coordenador do CCZ, Charles Nunes e Silva.
A Coordenação do CCZ alerta que cães e gatos só podem ser vacinados a partir de 90 dias de nascido e a imunização é contraindicada em animais com sinais de doença sistêmica (sarna generalizada, vômito, diarreia e caquexia) ou que tiveram febre nas 24 horas antecedentes à aplicação da antirrábica. Fêmeas em período de gestação serão avaliadas nos locais de vacinação.
Além disso, os proprietários que tiverem dificuldade para levar seu animal até o local de vacinação terão à disposição, nas unidades municipais de saúde, um formulário para solicitar a visita do CCZ para imunização no domicílio. O pedido será submetido à avaliação da Coordenação de Ações de Controle da Raiva do CCZ.
O que é a doença
A raiva é causada por um vírus (Rhabdovírus), que se multiplica e se propaga, via nervos periféricos, até o sistema nervoso central, de onde passa para as glândulas salivares, nas quais também se multiplica. A forma mais comum de transmissão é pelo contato com saliva do animal raivoso, seja por mordeduras ou lambeduras de mucosa e, até mesmo, por arranhaduras. Em áreas urbanas, o cão é o principal responsável pelas transmissões (quase 85% dos casos), seguido do gato.
O período de incubação da doença, no homem, varia de duas a dez semanas (em média, 45 dias). Uma vez infectado, não há tratamento específico e a letalidade é de 100%. O tratamento aplicado visa minimizar o sofrimento do paciente. Por seu caráter incurável, é imprescindível a realização da vacinação em gatos e cães.