O resultado da votação em segundo turno da Proposta de Emenda Constitucional (PEC) do voto aberto – da forma como ocorreu – foi apontada como resultado de um trabalho do presidente do Senado Federal Renan Calheiros (PMDB). Nos bastidores, evidentemente!
Calheiros teria “trabalhado como um trator” - expressão usada nos bastidores do Congresso Nacional – para evitar que os requerimentos fossem analisados em votação nominal, sendo feita então de maneira simbólica.
A manobra política foi apontada pelo Último Segundo do IG. O processo foi conduzido de forma célere derrubando o voto aberto em todas as modalidades. Apenas os vetos presidenciais foram analisados de forma nominal.
Agora é tarefa da Câmara de Deputados definir se confirma o que foi votado pelo Senado. Os deputados baterão (ou não!) o martelo. A votação – ainda conforme os bastidores de Brasília – fortalecem Renan Calheiros para uma reeleição à presidência do Congresso Nacional.
Não pelo mérito da matéria em si, mas pelo conhecimento da Casa e pela relação com a maioria dos pares.
Sendo assim, ele não seria candidato ao governo do Estado de Alagoas, indicando – como já aparece no plano B do PMDB – o deputado federal Renan Filho (PMDB) para a disputa. Calheiros teria a tarefa de aglutinar forças políticas ao redor do filho, como ocorre caso o próprio senador seja o candidato.
O senador Mário Couto (PSDB) foi um dos que protestou contra a celeridade imposta por Renan Calheiros, mas – conforme reportagem do IG – recebeu como resposta a seguinte afirmação por parte do senador Lobão Filho (PMDB): “você foi tratorado”.
Renan Calheiros mostrou sua influência no Senado Federal e o quanto tem força nos processos de decisões a serem tomadas. Eis a força de pressionar – conforme bastidores – o PT para apoiar o PMDB em Alagoas independente de quem seja o candidato (leia-se: Renan Filho).
O que se viu no dia de ontem foi a derrota do voto aberto irrestrito bem trabalhada nos bastidores políticos.
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