O presidente do Sindicado dos Servidores da Assembleia Legislativa do Estado de Alagoas, Luciano Vieira, esteve reunido com o promotor José Carlos Castro – responsável pela Defesa do Patrimônio Público – para averiguar a informação que o salário dos funcionários da Casa de Tavares Bastos atrasaria em função dos computadores do parlamento estadual ainda estarem sendo periciados pelo Ministério Público Estadual.
Pois bem, o Ministério Público explica que assim que soube que o pagamento poderia atrasar em função da folha salarial se encontrar em um dos computadores apreendidos durante investigações, solicitou que a Assembleia Legislativa identificasse em qual máquina estaria o documento e esta seria liberada.
Técnicos do parlamento estadual estiveram no MP e identificaram quatro computadores como sendo os que guardam tais dados.
Eles foram devolvidos no dia 14 de novembro. Foram identificados – conforme informações do MP – por servidores responsáveis pelo setor financeiro da Assembleia Legislativa do Estado de Alagoas. Na sequência, a ALE informou que os computadores não eram aqueles. O MP novamente pediu que as máquinas fossem identificadas.
Foram identificadas mais duas que – conforme o MP – serão devolvidas à Assembleia Legislativa ainda hoje. Antes disto, foram encaminhadas para a perícia para que os discos rígidos sejam espelhados; e assim as investigações possam analisar todos os dados constados nos computadores. Perguntar não ofende: seria uma estratégia da Assembleia Legislativa para ir – aos poucos – recuperando as máquinas que foram apreendidas? São 18 computadores, conforme apurou o blog.
Quatro já foram devolvidos para que fosse realizado o pagamento da folha dentro do prazo. Agora, seguem mais dois para o parlamento estadual. Um trabalho de “formiguinha” para reaver as máquinas? Com a palavra a provisória Mesa Diretora, comandada pela deputada estadual Flávia Cavalcante (PMDB).
O Ministério Público Estadual deve divulgar – ainda no dia de hoje – uma nota sobre o assunto. Os promotores que procedem com as investigações não podem ser responsabilizados pelo atraso de pagamento de salários que eventualmente ocorra no parlamento, caso se confirme a versão apontada pelo próprio MPE. É isto que – por nota – será informado pelo promotor José Carlos Castro, que se reuniu com Luciano Vieira.
De acordo com Vieira, “as recentes declarações da presidente interina da Assembleia Legislativa de Alagoas, deputada Flávia Cavalcante, alegando que o pagamento da folha salarial dos servidores pode atrasar, devido à falta dos computadores, gerou preocupação da categoria”.
O sindicalista Luciano Vieira declarou que o duodécimo já foi repassado pelo Governo do Estado desde o dia 19 deste mês e que a categoria espera uma solução para o impasse até a próxima sexta-feira.
O promotor José Carlos Castro afirmou que o Ministério Público não quer prejudicar os servidores e que é preciso haver um consenso para identificar quais são as máquinas que contém o sistema de processamento da folha salarial, para que tudo seja normalizado. Eis a situação.
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