Está em curso – nos bastidores políticos da Assembleia Legislativa do Estado de Alagoas – a tentativa de adiar mais uma vez a eleição para presidente da Casa de Tavares Bastos. Um dos motivos: a falta de consenso diante das candidaturas possíveis de Judson Cabral (PT), João Henrique Caldas, o JHC (Solidariedade), Jeferson Morais (Democratas) e Luiz Dantas (PMDB).
Até o nome de Ricardo Nezinho (PMDB) já apareceu.
A estratégia – mais uma vez – é a ausência de quórum. Porém, segundo uma fonte, há a possibilidade da Mesa Diretora – comandada por Flávia Cavalcante (PMDB) – nomear a primeira e segundas secretarias. Um dos nomes cogitados para assumir o cargo é de Olavo Calheiros (PMDB).
Com isto, se adiaria a eleição, na busca por composição de grupos. Ou até mesmo uma decisão judicial que recoloque a velha Mesa – presidida por Fernando Toledo (PSDB) – no lugar. É válido lembrar que são 14 votantes e o candidato só pode sair destes nomes, já que os afastados da Mesa, nem votam, nem podem votar.
João Henrique Caldas – ainda no dia de ontem – conversou com Judson Cabral sobre uma possível união de forças, mas não chegou a consenso. JHC quer uma candidatura de propostas. Dentre elas, mudanças de práticas na movimentação financeira da Casa, para se obter maior transparência com os gastos.
JHC foi o pivô da crise que é vivenciada pelo parlamento estadual, ao divulgar a movimentação financeira da Assembleia e mostrar os repasses feitos aos comissionados da Casa. Cabral também sempre se destacou como um parlamentar combativo em relação às práticas da Assembleia.
Jeferson Morais – por sua vez – tenta compor um grupo com base nos cargos da Mesa. Pede para que o passado fique por conta do Ministério Público e do Judiciário. Que o futuro tenha medidas moralizadoras. Morais tenta dialogar com o PMDB de Olavo Calheiros e com o PT, na busca dos votos da oposição.
O cenário não tem favorito, muito menos eleito. É esta dificuldade que pode levar a mais uma manobra na Assembleia Legislativa. Aguardemos.
Há ainda a hipótese de uma consulta ao Judiciário sobre o quórum necessário para se puxar a eleição. Quem estudava fazer isto era a presidente Flávia Cavalcante, conforme bastidores políticos.
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