Rabo, ossobuco, peito bovino, fígado, músculo, paleta, acém, cupim, coxão duro. Essas são algumas das carnes conhecidas popularmente como “de segunda”, mas que podem render receitas de primeira.

Segundo István Wessel, das Carnes Wessel, não existe a classificação “carnes de segunda”. “Tem carcaça de segunda e cozinheiros de segunda. Nas carcaças de segunda, todas as carnes serão de qualidade inferior e, mesmo que sejam de qualidade superior, se o cozinheiro for de segunda, os pratos que ele fizer também serão.” 

E, então, por que é comum ouvir “de segunda”? “Existem várias explicações no folclore da carne, mas acho que a mais razoável é aquela em que as carnes que eram para fazer bifes (nosso prato nacional) eram as ‘de primeira’ e, as outras, ‘de segunda’. No entanto, o ossobuco, quando bem preparado, é mais que de primeira”, finalizou.

O truque para saborear esses cortes mais baratos da melhor forma é acertar na receita (carnes para molhos, sopas, picados ou assados) e prepará-los em baixa temperatura por longo tempo, para que tenham tempo de amaciar.