Um dia após o Supremo Tribunal Federal (STF) ordenar a execução imediata de sua pena no julgamento do mensalão, o ex-deputado federal e delator do esquema Roberto Jefferson afirmou nesta quinta-feira, em sua página no Twitter, "não ter arrependimentos". Jefferson foi condenado a 7 anos de prisão pelos crimes de lavagem de dinheiro e corrupção passiva, pena que cumprirá em regime semiaberto.

"Não (tenho arrependimentos), tudo certo. Não me regozijo, sou um réu condenado como todos os outros, vamos aguardar que se cumpra o destino", disse Jefferson, que também teceu comentários sobre a decisão do STF em seu blog.

"Há oito anos denunciei ao País o maior escândalo que jamais presenciei no Planalto Central desde que me tornei deputado. Tudo realizado por quem, por décadas, apontou o dedo para muitos, acusando-os de corruptos, dando início à nefasta judicialização da política brasileira. Fui cassado e tive meus direitos suspensos por 10 anos", declarou o deputado, que, apesar da condenação, se disse otimista quanto ao futuro da política brasileira. "Ontem, a Corte Suprema do meu País decretou minha prisão. Estou satisfeito com a decisão? Mentiria se dissesse que sim; conforta-me, porém, a crença de que a política brasileira, daqui para a frente, pode ser melhor", afirmou.

O Supremo Tribunal Federal (STF) decidiu nesta quarta-feira rejeitar o recurso do ex-deputado federal Roberto Jefferson, que pedia mais uma vez o "perdão judicial" e o cumprimento da sentença em prisão domiciliar. O relator do mensalão, Joaquim Barbosa, disse que os detalhes da execução da sentença serão definidos em um momento posterior e, por isso, negou o pedido nesta fase do julgamento.