Seis milhões de mortes a cada ano no mundo. Assim é o mapa de casos de Acidente Vascular Cerebral (AVC), bastante comum na terceira idade; uma doença súbita onde o paciente pode apresentar paralisação ou dificuldade de movimentação dos membros de um mesmo lado do corpo, dificuldade na fala ou articulação das palavras e déficit visual súbito de uma parte do campo visual.
Nos últimos dez anos (entre 2000 e 2010), segundo dados do Ministério da Saúde, a mortalidade por acidente vascular cerebral no país caiu 32% na faixa etária até 70 anos, que concentra as mortes evitáveis. Apesar disso, só em 2010, mais de 33 mil pessoas morreram em decorrência de AVC nessa faixa etária.
Outros dados alarmantes apontam que no Brasil, a principal causa de morte são as doenças cardiovasculares (cerca de 1 a cada 3 casos), com o AVC representando cerca de 1/3 das mortes por doenças vasculares, principalmente em camadas sociais mais pobres e entre os mais idosos. Este é o problema neurológico mais comum em algumas partes do mundo gerando um dos mais elevados custos para as previdências sociais dos países.
Um caso
Na família da microempreendedora Eliane Nascimento, um grande susto há cerca de um ano acabou provocando uma reviravolta. A mãe dela, uma idosa de 82 anos, foi acometida por um AVC e desde então segue encamada, perdendo vários movimentos do corpo, com dificuldades na fala e dependência para continuar vivendo.
Era numa manhã, quando Dona Bertildes sentava à mesa para tomar o café quando, de repente começou a sentir-se mal e por pouco não caía ao chão. "Ele mora há anos com meu irmão e foi o maior susto. Não estava no momento do que aconteceu, mas foi uma correria porque era preciso levá-la urgentemente para a emergência, caso o contrário não teria sobrevivido", conta.
Foram vários dias internada no hospital e toda uma mobilização da família para modificar a rotina e conseguir dar suporte para fazer Bertildes retornar ao lar. Desde então, ela vive acompanhada 24 horas por uma equipe de enfermeiros e outros profissionais que fazendo atendimento em casa. Apesar da assistência, o quadro evolutivo ainda não é o desejável, mas a família não perde as esperanças.
"O quadro dela complica por conta do Mal de Azheimer e tudo fica mais difícil, Infelizmente a fala já não é a mesma, não há tanta locomoção, mas ela vem lutando e o que importa é que a gente está conseguindo fazer tudo para proporcioná-la uma boa recuperação", acrescentou Eliane Nascimento.
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