Não é segredo para ninguém que a relação entre o PT e o PMDB é instável e se mantém por conveniência, sobretudo em alguns estados da federação devido as composições para as eleições de 2014.
Em Alagoas, os peemedebistas afirmam que a aliança vai bem. O deputado federal Paulo Fernando dos Santos, o Paulão (PT), também já deu declarações neste sentido. Porém, outra aliança que também tem seus problemas internos é entre o PSDB e o Democratas.
Há divergências nacionais, sobretudo na formação do palanque para 2014. Em Brasília, a relação não anda bem. O prefeito de Salvador, ACM Neto (Democratas) ouviu muitas queixas no Congresso Nacional, conforme o jornalista Ilimar Franco, do O Globo.
O Democratas teme ser traído em alguns estados. Entre eles está Alagoas, onde o vice-governador José Thomaz Nonô (Democratas) - apesar da cautela com as declarações em público - trabalha para ser candidato ao Palácio República dos Palmares.
Nonô espera ser candidato - conforme bastidores - com o apoio da base aliada do governo, que agrega o PSDB, o PSB, o PR, o PROS e até mesmo o PP do senador Benedito de Lira. Lira quer ser o candidato governista do atual chefe do Executivo Teotonio Vilela Filho (PSDB), mesmo com seu partido fazendo parte da base de Dilma Rousseff (PT) no governo federal.
Thomaz Nonô comanda um partido de oposição a Dilma. Porém, também tem suas dificuldades de abrir palanque para o senador Aécio Neves (PSDB) na corrida pela presidência. Nonô tem fortes laços políticos com o governador de Pernambuco, Eduardo Campos (PSB).
Além disto, com Vilela ao Senado, o PSB pode indicar o vice da chapa: o deputado federal Alexandre Toledo. Soma-se a este xadrez o medo de traição por parte do tucanos (sigla comanda por Teotonio Vilela Filho, que deu sinais de que será candidato ao Senado Federal, quando comprou de vez a briga com o rival Fernando Collor de Mello (PTB)).
Em Brasília, ACM Neto ouviu uma velha história: em 2010 o PSDB tirou o tapete de João Alves, que perdeu o pleito para o governador Marcelo Deda (PT). Semelhante já ocorreu no Pará, quando se inviabilizou a candidatura de Valéria Pires (Democratas) ao Senado Federal. O que pensa Teotonio Vilela Filho neste momento sobre sua sucessão? Se for mesmo candidato ao Senado, o governador será Nonô.
Assim como pode fazer diferença o apoio de Vilela a Nonô, fará muita diferença também para Vilela - se quiser ser candidato - ter um governador aliado durante a campanha. A caneta vai ficar com o chefe do Democratas.
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