Em uma de suas edições, o CadaMinuto Press já havia chamado atenção para um fato: o uso dos cargos em comissão para agraciar cabos eleitorais e lideranças políticas.
Pois bem, é isto que pode ser constatado pelo Ministério Público Federal (MPF) na investigação que faz - desde o mês passado - em busca de nomeações que simbolizam o loteamento partidário dos cargos comissionados no Senado Federal.
No dia de ontem, O Estadão trouxe matéria sobre o assunto, inclusive lembrando da investigação. Este blog já publicou a lista dos comissionados e efetivos que estão a disposição dos três senadores alagoanos: Renan Calheiros (PMDB), Fernando Collor de Mello (PTB) e Benedito de Lira (PP). Aqui.
Pela lista, fica claro o “atendimento” a alguns pedidos políticos e a nomeação até de ex-políticos. Cito dois: o ex-prefeito de Pilar, Oziel Barros - que é empregado de Benedito de Lira - e do ex-vereador cassado por compra de votos Neri Almeida, que estava no gabinete de Renan Calheiros, mas foi exonerado.
Collor emprega a filha de um ex-deputado estadual, que sempre foi seu aliado político: Cícero Ferro.
Não são todos os comissionados, evidentemente. Porém, fica claro o quanto se escorre dinheiro público por meio destas funções. Vejam o caso da Assembleia Legislativa de Alagoas, por exemplo. A lista de ouro - dos 61 premiados com vários repasses por ano - mostra indícios de malversação de recursos públicos. Quem são os beneficiados?
Os “caciques” detentores de mandato precisam responder por isto. É preciso ter zelo com o dinheiro público. Sem contar nos fantasmas que rondam os poderes por serem acomodados em cargos comissionados.
Em relação ao Senado Federal, o Estadão cobrou posição da presidência do Congresso Nacional. Sobretudo em função de Calheiros ter anunciado cortes em sua gestão. Segundo reportagem, a folha do Senado chega a R$ 3 bilhões por ano.
Sobre os gastos, Renan Calheiros falou isso aqui
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