Uma reportagem de O Dia/IG afirma que o presidente do Senado, Renan Calheiros (PMDB), teria avisado ao vice-presidente Michel Temer (PMDB) que vai instalar - nesta semana - a Comissão Parlamentar de Inquérito da Copa do Mundo como forma de pressionar a presidente Dilma Rousseff (PT).

 

 

O texto diz que a motivação seria uma “recusa do PT e do Palácio do Planalto em apoiar uma possível candidatura do deputado Renan Filho (PMDB/AL) ao governo de Alagoas” no próximo ano. 

 

 

Diz a matéria que o PT nacional concorda em apoiar uma candidatura do senador Renan Calheiros, mas em caso de indicação, a conversa é outra. Mas, em Alagoas, quem seria o outro grupo a ser apoiado?

 

 

Vale lembrar - o que a matéria não relata - que Benedito de Lira disputa o espaço de ser o candidato de situação de um governo tucano, que é o de Teotonio Vilela Filho (PSDB). Vilela deve disputar o Senado Federal e ser o “condutor” da abertura de palanque para o senador Aécio Neves em Alagoas.

 

 

Entre os palacianos há ainda o bloco do PSB, que abre palanque para o governador de Pernambuco, Eduardo Campos (PSB). O partido se moveu bastante em Alagoas conquistando o ex-tucano e deputado federal Alexandre Toledo. Ele é apontado como um possível vice em uma disputa pelo Palácio República dos Palmares.

 

 

O bloco calheirista - portanto - é um dos mais próximos ao PT em Alagoas. Além dele, tão próximo quanto é o senador Fernando Collor de Mello (PTB). Mas, Lira já tentou - conforme bastidores - sondar um dos possíveis futuros presidentes da legenda estadual, inclusive hipotecando apoio a este na disputa interna dos petistas.

 

 

Perguntar não ofende: será que haveria necessidade de tanta pressão assim por parte de Calheiros? Todavia, a relação entre PT e PMDB com holofotes ligados é uma; sem holofotes aparenta ser outra.

 

 

Há ainda uma ala de peemedebistas que enxergam, em uma eleição de Renan Calheiros ao governo do Estado de Alagoas, a abertura de espaço para o que o PT assuma o controle do Senado Federal em 2015. Nacionalmente, o PMDB se empenha em manter a força da bancada.

 

 

A matéria ainda afirma: “para tentar controlar as tensões com Renan, a presidente Dilma Rousseff, por meio do vice-presidente Michel Temer, chamou Vital e Eunício para uma reunião em seu gabinete. A conversa está prevista para a próxima quarta-feira”.

 

 

A proposta de instalação de uma CPI é do senador Mário Couto (PSDB/PA) e angariou 33 assinaturas, seis a mais que o mínimo necessário. O projeto - coloca a reportagem de O Dia - está na Mesa Diretora do Senado Federal há quase duas semanas. A instalação depende de Renan Calheiros. 

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