Não é a primeira vez que vou bater nesta tecla. Pode ser a resposta para muito coisa, inclusive para quem controla os excessivos repasses de montantes que foram feitos de 2010 a 2013 (pelo que se sabe) nas contas de alguns comissionados da Casa de Tavares Bastos.
A Assembleia Legislativa do Estado de Alagoas poderia divulgar a lista de comissionados por gabinete se quisesse. Uma questão de transparência.
Muitos dos nomes postos na “lista de ouro” foram desvendados pela imprensa alagoana. Mostrou que - por trás do comissionado - há o interesse de alguns deputados em manter os repasses exorbitantes, sobretudo nos meses de setembro, quando este antecede o pleito eleitoral. Até agora deduções com base no que foi divulgado após a exposição do extrato da conta bancária da Casa de Tavares Bastos.
Mas porque não divulgar - repito! - a lista de funcionários por gabinete? O Senado Federal (como já mostrou este blog) faz isto. Qual deputado estadual teria a coragem de assim proceder? Saberíamos quem o parlamento sustenta. Os - como chamou o procurador-geral de Justiça, Sérgio Jucá - “parasitas de luxo” teriam seus padrinhos políticos revelados. Afinal, há indícios de que parte dos salários retornam para alguns deputados, financiam campanhas eleitorais e por aí vai…
Não é exagero afirmar que há uma “caixa-preta” do Poder Legislativo. Esta é crônica. A movimentação de 2010 a 2013 pode ser uma pequena amostra. Vale lembrar da Operação Taturana, em 2007, dos crimes de violência associados ao parlamento estadual. Isto sem contar de tudo que a própria história mal contada varreu para baixo do tapete.
Lembro que o deputado estadual Joãozinho Pereira (PSDB) chegou a sugerir - em uma sessão ordinária - a publicação da lista de funcionários por gabinete. Além de Fernando Toledo (PSDB), há outros membros da Mesa Diretora pouco citados, mas que possuem forte domínio sobre as ações da Assembleia Legislativa. Que possuem forte influência em mandos e desmandos. A lista de comissionados por setor - acreditem! - ajudaria a descobrir algumas ligações.
Há funcionários efetivos - segundo me contou um deles - que foi deslocado de setor, para que naquele determinado local só trabalhasse “gente de confiança” de alguns deputados. Efetivos com desvio de função por força das circunstâncias. É preciso ligar padrinhos e afilhados na Assembleia Legislativo. Além disso, “follow the money”…
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