Com a Mesa Diretora afastada por determinação judicial, os próximos passos da direção da Assembleia Legislativa do Estado de Alagoas – diante da crise que vem vivenciando desde que o deputado estadual João Henrique Caldas, o JHC (Solidariedade), mostrou os dados financeiros do parlamento – será comandado pela deputada estadual Flávia Cavalcante (PMDB).
Ele deve ainda puxar uma nova eleição para a Mesa Diretora. Os afastados não poderão votar, nem obviamente – serem candidatos. Eles só retornam ao comando da Casa, caso haja uma reversão na decisão judicial. O procurador-geral da Assembleia Legislativa, Fábio Ferrario, deve recorrer.
É a segunda vez que a direção da Casa de Tavares Bastos é afastada por decisão da Justiça. A primeira vez se deu em decorrência da Operação Taturana, que apontou um desvio de R$ 300 milhões no parlamento estadual. O interessante é que foram os desdobramentos da Taturana que permitiram que o deputado estadual Fernando Toledo (PSDB) chegasse à presidência.
Antes da Taturana, a Casa de Tavares Bastos era comandada por Antônio Albuquerque (PRTB). Por sinal, Albuquerque se sente injustiçado com a decisão. Ele afirma que não tem relação nenhuma com os atos da atual direção, apesar de ser o vice-presidente da Assembleia. Albuquerque e Toledo estão distantes politicamente.
Nos bastidores, o grupo da Mesa já inicia uma corrida para continuar no comando da Casa. O parlamento estadual parte para uma guerra de bastidores. Estar no comando da Assembleia Legislativa tem suas vantagens, como mostra a movimentação financeira da Casa.
Algo que a Assembleia Legislativa do Estado de Alagoas não fez e que mostraria o caminho do dinheiro é a publicação dos comissionados por gabinete. Uma medida que já foi adotada por outros poderes legislativos, como – por exemplo – o Senado Federal.
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