A disputa eleitoral que se aproxima – em 2014 – mexe com os ânimos da turma que busca seus mandatos. São várias as formas de estar no palco, de buscar as atenções. O lugar certo e a hora certa para sorrir para o holofote certo, com o discurso certo. Um cálculo que envolve desde o marketing à experiência política.
Não há neófitos neste jogo. Dois personagens desta trama: o senador Fernando Collor de Mello (PTB) e o governador de Alagoas, Teotonio Vilela Filho (PMDB). Ambos iniciaram uma “guerra de notas oficiais” com troca de farpas. Até ameaça de processos por conta das declarações de Collor.
Enfim, quem acompanha processo eleitoral há algum tempo sabe do festival de clichês, sempre com muitos confetes e pouca substância de todos os lados. Os projetos de poder são assim: frases feitas aos montes, poucas especificidades e soluções.
Não é por acaso que Alagoas tem um reversamento histórico de sobrenomes famosos, de figuras carimbadas que apenas trocam de cargos, mas seguem eleitos. Assim com as figuras são as mesmas, os indicadores sociais seguem a envergonhar os alagoanos. Ingenuidade acreditar que é coincidência.
Depois da guerra das notas, Collor e Vilela inauguram um novo capítulo do embate de cores eleitorais: as trocas de farpas no facebook. Não se espantem se tirarem foto com o próprio celular em frente ao espelho e utilizarem hastags. Nas notas, desafios lançados.
Pois bem, enquanto o governador Teotonio Vilela Filho (PSDB) e o senador Fernando Collor de Mello (PTB) comparam governos em desafios do momento, motivados por um vindouro pleito, Alagoas tem um desafio: mudar os índices sociais alarmantes. Aliás, há milhares de alagoanos que sabem o que é um verdadeiro desafio: superar estes índices em busca da sobrevivência.
Muitas vezes sem contar com o poder público; outras vezes sendo atrapalhado até por este mesmo poder público.
Os índices da violência, da Educação, do Desenvolvimento Humano, da Saúde...e por aí vai. Aqui se concentram os verdadeiros desafios. Os políticos foram eleitos para encará-los, discutir junto com a sociedade e – nos limite de seus mandatos representativos – apresentar propostas de solução. Para isto, muito ajuda a sinergia e o foco em questões prioritárias.
Quanto ao palanque, que seja armado na hora certa. Os que se antecipam correm o risco de confundir palanque com picadeiro. Ou ainda se lambuzarem no sentimento ruim do “quanto pior, melhor!”.
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