O cauteloso senador Renan Calheiros (PMDB) convive – neste fim de ano pré-eleitoral – com a pressão, por parte dos próprios aliados, para que defina qual será os seu destino, em 2014. Se é candidato ao Governo do Estado ou não.
Renan Calheiros (PMDB) pode ainda indicar o filho – o deputado federal Renan Filho (PMDB) – para a disputa, encabeçando a chapa. Isto abrira espaço para novas rodadas de negociações com outros partidos que hoje afirmam ter compromisso fechado com Calheiros.
A pressão é natural. A decisão de Calheiros pode definir outros rumos. O caso do senador Fernando Collor de Mello é um exemplo. Collor tem repetido várias vezes que o peemedebista-mor é o seu candidato ao governo do Estado. Espera o retorno do afago, sendo reconhecido como senador da chapa encabeçada por Calheiros.
Até esta data, o retorno não veio. Collor – e há possibilidades disto – pode ficar de fora da grande frente liderada pelo PMDB. Agora, foi a vez de Ronaldo Lessa (PDT) – o ex-governador de Alagoas – pressionar.
Lessa liderou o chamado chapão em 2010, sem a presença de Fernando Collor (PTB) – na época, o petebista foi candidato ao governo – que só apoiou o pedetista no segundo turno. O sonho de Lessa – que agora se prepara para disputar uma das cadeiras da Câmara de Deputados – é ver esta aliança renovada em 2014, com todos no mesmo barco.
Ronaldo Lessa – assim como Collor, só que com bem menor grau de sutileza – também jogou pressão para o senador Renan Calheiros ao afirmar sua possibilidade de ser candidato ao governo. Quase um ultimato, quase uma condição para estar no grupo peemedebista.
Lessa diz que se Renan Calheiros apoiar o governador Teotonio Vilela Filho, em qualquer tipo de aliança, ele sai candidato ao governo. A frase se encontra no Blog do Bernardino.
Tudo isto como se Renan Calheiros não soubesse lidar muito bem com as peças e as forças que estão no tabuleiro do xadrez.
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