Carlos Lombardi, autor de ‘Pecado Mortal’, avalia o primeiro mês da novela

25/10/2013 08:24 - Novelas
Por R7
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Um mês depois de sua estreia na Record com "Pecado Mortal", Carlos Lombardi segue trabalhando duro. Mergulhado nos roteiros, o autor não se deu por satisfeito com as críticas positivas sobre os primeiro capítulos da trama e já começou a fazer pequenos ajustes na história. Para alívio dos espectadores mais curiosos, o dramaturgo avisa: ainda esta semana vamos descobrir se Carlão (Fernando Pavão) é ou não Marco Antônio, o filho perdido de Stella (Betty Lago). Lombardi conversou com o blog e ainda apontou os destaques da novela. Leia a seguir.

Qual o balanço que faz do primeiro mês de "Pecado Mortal"? Acha que tem algo para ser ajustado ou está tudo correndo como planejado?
Muita coisa corre como planejado. Ajustes também sempre são feitos. Gosto da novela no ar, acho que temos uma boa história pra contar. Ao mesmo tempo, senti falta de mais romantismo, coisa que já estou corrigindo.

Quais os destaques que apontaria neste primeiro mês de trama?
O elenco, no geral, está muito bem. Muita gente já dona dos personagens. Meus destaques específicos são: Betty Lago como Stella – a interpretação mais humana, sutil e emocional da Betty em toda a carreira. É a Betty inteligente, que lê meu texto como ninguém de sempre – com mais outra Betty junto, uma que vai mais fundo na emoção. Além dela, Fernando Pavão e Simone Spoladore. Carlão e Patrícia são exatamente o que eu imaginei e um pouco mais. Eles trafegam do drama ao romance, dão uma passadinha pela ironia e pela comédia e conseguiram fazer um casal que é inteligente, é sexy e são um pai e uma mãe. Esperava que eles fossem bem – mas eles me surpreenderam. Achava que era bons – são ótimos.

Sendo uma obra aberta, a novela pode ser imprevisível, com o público gostando mais de um personagem que do outro. Por acaso já pretende mudar o rumo de alguma história com base nos primeiros feedbacks?
Alterei o mix, dei mais espaço para o romance. Não senti, por enquanto, nenhuma rejeição específica ou nada que fizesse alterar rumos, apenas modulei melhor o tom.

Na maior parte das vezes, você escreveu novelas para o horário das sete, embora tenha se aventurado em minisséries às 23h, também. É muito diferente escrever para a faixa das 22h30 uma obra longa?
É menos do que eu imaginava. Simplesmente posso ter um registro um pouco mais realista por conta do horário – mas nada demais. Da mesma forma, há mais drama do que comédia, o que é uma coisa que queria fazer há muito tempo.

O povo quer saber: afinal, Carlão é ou não o Marco Antônio?
Vai saber nesta sexta-feira. Pra mim, amanhã. E vai entender o porque na segunda.

Pouco depois de estrear Pecado Mortal, você teve de lidar com estratégias da concorrência, horário de verão e outros complicadores. Você é desses autores que acompanham audiência ou prefere não se ater a esse tipo de informação?
Acompanho a audiência mas também não fico maluco. Acho que nosso maior inimigo é a capacidade da Globo de alterar sua programação. A novela das nove, que há menos de um ano terminava às 22h15, 22 h20 no máximo, foi alongaaaaaaaada. Acho que com isso perdemos um público que trabalha cedo. Hoje mesmo, comprando uma impressora de emergência – a minha é Wifi e o Speedy está sem funcionar há quase uma semana – a vendedora fez um monte de perguntas sobre a novela – mas quem assiste e conta pra ela é a mãe, já que ela não pode assistir uma novela que termina as 23h40. Como sempre disse, audiência é uma coisa que vai se conquistando dia a dia.

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