O presidente do Senado Federal, senador Renan Calheiros (PMDB), tem cumprido uma intensa agenda política quando em Alagoas. São participações em eventos, conversas com aliados e negociações eleitorais visando a formação de chapas.
Foi assim que dialogou – por exemplo – com o ex-governador Ronaldo Lessa (PDT) e participou de eventos no interior do Estado de Alagoas. Em outras palavras: dentro do PMDB os planos para as eleições de 2014 andam bem mais rápido do que a velocidade que se pretende mostrar em público.
Ligou os microfones, tudo vira cautela. Foi neste sentido mais uma das declarações de Renan Calheiros neste final de semana. “Eu topo o desafio, mas na hora certa. Esse jogo só será definido em abril”.
Renan Calheiros fala que antes disso são apenas especulações. Todavia, não são especulações os planos do PMDB. Eles existem e são tratados em um conselho político formado por José Wanderley, Luciano Barbosa (que tem sido um importante conselheiro) e o deputado federal Renan Filho.
São estudados vários cenários para disputar o governo do Estado, que incluem a candidatura de Calheiros (o pai), do deputado federal Renan Filho e até – ainda que mais remota – a de Luciano Barbosa. Barbosa é candidato a deputado federal, mas pode ser chamado para uma majoritária. Inclusive, uma possível disputa pelo Senado Federal.
Por que tanta cautela? Ora, quem primeiro colocar a cabeça, vira alvo. É o caso, por exemplo, da candidatura anunciada do senador Benedito de Lira (PP). Lira já luta contra muitos desgastes que acabam refletindo na possibilidade de composição. É muito difícil alguém – nesta conjuntura – ser candidato de si mesmo.
Mas Lira segue firme e pelo que já demonstrou não pode ser subestimado.
Todavia, apesar de Benedito de Lira ser do grupo de aliados da presidente Dilma Rousseff (PT), é empurrado para um campo de possíveis alianças que só incluem – com exceção do PSD do deputado federal João Lyra – as bases do governador Teotonio Vilela Filho (PSDB).
A cautela manda aguardar o mês de abril para saber em que lugar exato do tabuleiro estará o governador Teotonio Vilela Filho. Assim, saber com precisão quem é o adversário. Dizem, os próximos ao Renan Calheiros, que os peemedebistas já imaginam o que é “melhor” ou “pior” de se enfrentar no processo eleitoral.
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