Os posicionamentos de Teotonio Vilela Filho (PSDB) – o governador de Alagoas – ao buscar responder o senador Fernando Collor de Mello (PTB) mostram os passos de quem deve participar do pleito em 2014, sendo candidato ao Senado Federal. 

 

Vilela entrou na “valsa” de vez, como já havia afirmado aqui neste blog. Deu sequência “a guerra das notas” em um verdadeiro “olho por olho, dente por dente, partido por partido, aliado por aliado”. Se Collor demonstrou poder de articulação com uma nota assinada por seus aliados, Vilela – como já noticiado pelo CadaMinuto – usou da mesma moeda.

 

Confesso que até duvidei,  que Vilela cobraria algo assinado pelos aliados...mas, afirmei que era possível. Pois bem, aí está...

 

Abre-se uma disputa sem muito conteúdo. No caso de Vilela, a nova nota é assinada por PSDB, PSB, PP, PR, PPS, Democratas, PSD e PROS. Novidades? O empenho do partido do deputado Givaldo Carimbão em permanecer no grupo de Vilela, mesmo tendo saído do PSB. Afinal, é o homem da Secretaria da Paz. Continua sendo.

 

 

Chama atenção na nota o PSD que pertence ao deputado federal João Lyra, que foi rival de Vilela em 2006 na disputa pelo Governo do Estado; em outros momentos da política local também.

 

Se o PSD continua sob o comando de Lyra, como ele mesmo gosta de frisar, eis outra novidade na nota dos aliados que partem em defesa de Vilela em um escrito oficial que – segundo bastidores – foi gestado no diretório do PSDB e na Secretaria de Comunicação do Estado de Alagoas.

 

O tom da nota é o mesmo: "Collor  tenta confundir a opinião pública”. Segue abaixo a íntegra:

 

 

“Os partidos abaixo assinados – PSDB, PSB, PP, PR, PPS, DEM, PSD e PROS - lamentam mais uma demonstração de desinformação e grosseira tentativa de manipulação política por parte da oposição, para confundir a opinião pública em relação aos empréstimos captados pela atual gestão de governo e o processo histórico de endividamento do estado.

 

 

Não sabem os partidos ligados ao senador Fernando Collor  que os empréstimos públicos captados pelo estado para investimento não são uma exclusividade de Alagoas, mas uma política do governo federal para todo o país, em face da capacidade limitada dos estados em aplicar os recursos necessários nas políticas públicas, como saúde, segurança, educação e desenvolvimento econômico e social. O empréstimo de recursos novos – da ordem de R$ 1,2 bilhão – se contrapõe a um pagamento, no mesmo período, de R$ 4 bilhões de reais, por parte do governo de Alagoas.

 

A captação de recursos é parte da política de desenvolvimento do governo federal e inclui todos os estados. Ficar fora dela seria  ficar na contra mão do processo de desenvolvimento nacional.

 

O governo Teotônio Vilela recuperou a capacidade financeira do estado, o que permitiu estar inserido nesses planos de desenvolvimento nacional, o que não acontecia no governo passado, quando Alagoas estava impedida de captar operações de crédito.

 

A dívida, que inicialmente era de R$ 1,2 bilhão e hoje passou a R$ 7 bilhões, em momento nenhum se deveu ao não pagamento da mesma, mas às condições de indexadores desproporcionais aplicados aos contratos.  E aqui cabe lembrar que as oposições, representadas no Congresso, inclusive as lideranças que assinaram a nota das oposições, nada fizeram para mudar esse quadro.

 

Fica absolutamente claro que o que se pretende é a uma inútil tentativa de desmontar os grandes feitos deste governo, em diversas áreas, sobretudo naquelas voltadas para o avanço dos indicadores socioeconômicos, no qual a oposição tem experiência muito negativa, que foi deixar o Estado incapaz de receber investimentos públicos e privados e colocar a população em condições de miserabilidade.

                                                                                              

PSDB, PSB, PP, PR, PPS, DEM, PSD e PROS”

 

Estou no twitter: @lulavilar