O senador Fernando Collor de Mello (PTB) rebateu a nota do governador Teotonio Vilela Filho (PSDB) – que tinha usado do expediente para rebater Collor, quando este acusou o governo de maquiar dados – com outra nota.
A novidade? Fernando Collor de Mello demonstrou influência sobre outros partidos que também entraram na briga. Acompanham Collor nas críticas a Vilela o PDT do ex-governador Ronaldo Lessa; o PCdoB de Cláudia Petuba e Eduardo Bomfim; o Partido dos Trabalhadores do deputado federal Paulo Fernando dos Santos, o PV de Sandra Menezes e o PRB do ex-vereador Galba Novaes e do ex-senador Euclides Mello.
Que estes partidos fazem oposição ao governo de Teotonio Vilela não é novidade. E algumas críticas destes partidos fazem sentido, como por exemplo, quando se fala da lentidão do governo do Estado, e dos índices de segurança, educação e saúde.
Mas daí a se engajarem numa briga que sempre foi de Collor, que busca a polarização com Vilela na disputa pela cadeira do Senado Federal, em 2014...
Isso mostra um poder de articulação de Collor junto a um grupo de partidos que pode estar na formação de um chapão. Seria – agora em definitivo – a semente de um grupo ou ainda é cedo para isto?
Se as presenças são ressaltadas, que se ressalte também a ausência. O PDMB do senador Renan Calheiros – do qual Collor busca a aproximação já afirmando, inclusive, que Calheiros seria seu candidato ao governo do Estado – não assina a nota. Renan Calheiros está no campo da oposição, mas nem por isso tão próximo de Fernando Collor assim.
Renan é o governador de Collor, mas Collor seria o senador de Renan?
Há nos bastidores políticos a informação de que Fernando Collor pode ser candidato ao governo, caso o nome de Calheiros não esteja na disputa pelo governo do Estado. Em entrevista recente a este blogueiro, Collor negou. Disse que se concentra apenas na reeleição e esta já é uma decisão tomada.
O governador Teotonio Vilela Filho ampliará a “guerra de notas”, entrando mais uma vez na valsa? Usaria do mesmo expediente com uma resposta com os partidos que estariam na base governista? Não é o estilo de Vilela, que segue na velocidade de seu governo.
Mas, como o clima eleitoral tem esquentado, não espantaria. A nota em si foi publicada em primeira mão pelo blogueiro Volney Malta. Se encontra no blog dele aqui no CadaMinuto.
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