O senador Fernando Collor de Mello (PTB) já alardeou – inclusive em entrevista recente a este blog – que não é candidato ao governo seja qual for a hipótese de cenário.
Porém, conforme os bastidores, Collor trabalha com o total interesse de reeditar o chapão que sofreu derrotas eleitorais em 2010 e 2012. Nas duas situações, com o ex-governador Ronaldo Lessa (PDT) encabeçando a frente.
Se este chapão – como tudo indica – realmente implodir e o PTB ficar sozinho na pista, sem forças sequer para disputar proporcionais, Collor pode ser ver desobrigado de qualquer compromisso e em um cenário de disputa para o Executivo com o eleitorado fracionado.
Pode ser a deixa para ser candidato ao Palácio República dos Palmares. Fernando Collor de Mello ainda espera um aceno do senador Renan Calheiros (PMDB). O petebista diz – em entrevistas – que Calheiros é seu candidato a governo.
O objetivo – conforme bastidores políticos – é receber o afago de volta: Calheiros afirmar que Collor é seu candidato ao Senado Federal. Algo que não acontece, nem acontecerá. O peemedebista sabe que abraçar Collor neste momento pode ser entrar em um Titanic. Uma soma de rejeições.
Calheiros e Fernando Collor estão em grupos cada vez mais separados. Porém, uma distância com vários pontos que ainda os ligam, como pode ser visto na coluna de Otávio Cabral desta semana. Lá, o jornalista mostra que Renan Calheiros emprega – no Senado Federal - uma afilhada de Collor (que é jornalista da Record) em seu gabinete, com indícios de ser uma função fantasma.
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