O deputado Ricardo Nezinho (PMDB) criticou, nesta quarta-feira (09) a burocracia para a contratação dos mil aprovados no concurso para a Polícia Militar realizado no ano passado e denunciou, no plenário da Assembleia Legislativa de Alagoas (ALE), que cerca de 20 aprovados foram eliminados devido a uma falha técnica que ele classificou como “pegadinha” da comissão organizadora do certame.

Nezinho fez um retrospecto do concurso, que contou com mais de 35 mil inscritos, afirmando que um ano – e várias avaliações, testes físicos e psicológicos – depois, alguns candidatos aprovados enfrentaram dificuldades para concluir a última etapa do certame.

“Nessa última fase, os inscritos deveriam autorizar, via internet e em um prazo de dois dias, a investigação social, mas 39 aprovados não conseguiram acessar, porque o link estava congestionado”, explicou o parlamentar.

Segundo Nezinho, os prejudicados tiveram um prazo de 15 dias para justificar a ausência da autorização e, paralelamente, parte deles ingressou na justiça para garantir a vaga no concurso, mas nem todos obtiveram êxito.

“É inadmissível que, em um estado que precisa de policiais militares, na hora que o concurso será homologado, tantas pessoas sejam desclassificadas devido a uma ‘pegadinha’, a uma falha técnica, a burocracia e a insensibilidade da comissão organizadora do concurso, que se mostra desumana.”, frisou, solicitando ao presidente da ALE, Fernando Toledo (PSDB) que a Casa intermediasse uma solução para o problema.

Em aparte, os deputados Judson Cabral (PT) e Sérgio Toledo (PDT) se solidarizaram com o pronunciamento do colega. O petista lembrou que alguns aprovados perderam ou deixaram seus empregos na expectativa pela contratação e Toledo frisou que o acesso a internet não pode ser critério para a desclassificação em concurso público.