Maceió entrou em mais um ranking negativo ao figurar entre as 100 cidades que oferecem os piores serviços no que se trata de saneamento básico, segundo pesquisa do Sistema Nacional de Informações sobre Saneamento (Snis) do Ministério das Cidades, com dados baseados em 2011. Porém, a Companhia de Saneamento de Alagoas (Casal), projeta para um médio longo prazo, que em 2016, 80% do saneamento da capital alagoana esteja pronto.
No ranking, a capital alagoana aparece na 79º posição. Ainda de acordo com o estudo, em Maceió, 90,5% da população tem água tratada e apenas 35,4% tem coleta de esgoto. A perda de água em Maceió é de 60,5%. Outras cidades alagoanas não foram inclusas na pesquisa.
Mesmo que o estudo tenha sido realizado há dois anos atrás, a cidade pouco evoluiu no que se trata de saneamento básico, já que apenas 30% da cidade está sendo atendida, mas, a Casal afirma que distribuídas as responsabilidades, o trabalho deve ser concluído em 2016, como afirmou o diretor de operações do órgão, Carlos Figueiredo.
“É preciso separar as coisas. A Seinfra (Estado) fica responsável pela construção desses canais, essas obras elevatórias, enquanto a Seminfra (Município) cuida da limpeza de galerias, evitando assim que transbordem para outras ares e deságüem no mar. A parte da Casal está sendo feita e esperamos que 80% deste trabalho seja concluído em 2016.
A afirmação do diretor da Casal se dá pelo planejamento já feito e divulgado pelo órgão, que explica todos os passos à serem seguidos, começando pelo trabalho de manutenção especializada no coletor-tronco entre as estações elevatórias de esgotos das praças Lions na Pajuçara e 13 de Maio no Poço, com os trabalhos que começaram no dia 16 de setembro e prazo de 100 para finalização, com o objetivo de acabar com o extravasamento de esgoto na região e principalmente nas praias de Jatiúca e Ponta Verde.
No trabalho de saneamento por toda a cidade, a meta é atingir a parte alta, já que a região da orla e do Centro da cidade e adjacências estão quase que completamente atendidas. Com isso, o foco será na parte alta da cidade, com ampliação do esgotamento sanitário nos bairros do Farol, Pinheiro, Pitanguinha, Sanatório, Gruta de Lourdes, Canaã, Santo Amaro e Jardim Acácia.
Neste caso, o processo licitatório já foi concluído e as obras devem ser iniciadas até janeiro de 2014 com previsão de término para dezembro de 2015, com um valor estimado em R$ 183 milhões aumentando assim o percentual de população atendida para 46%.
Continuando no processo de resgatar o saneamento básico da capital, principalmente na parte alta da cidade, o trabalho de implantação e ampliação do sistema de esgotamento sanitário nos bairros do Tabuleiro, incluindo Benedito Bentes, Cidade Universitária, Santos Dumont, Santa Lúcia, Clima Bom,Tabuleiro Novo e Santa Amélia.
Este projeto já está concluído e a licitação deverá acontecer em dezembro deste ano com valor estimado de R$ 309 milhões, e ao final, mais de 300 mil pessoas serão atendidas com o percentual aumentando para 60% até o final de 2016.
Outros projetos que estão sendo tratados para fechar os 80% de saneamento básico de Maceió, se referem a recuperação e ampliação do sistema de esgotamento sanitário do Pontal da Barra numa parceria com a Braskem, implantação da rede coletora de esgoto nos bairros da Serraria, Ouro Preto, incluindo José Tenório e Murilópolis, projeto este que já foi contratado e deve ser concluído nos próximos meses, projeto de implantação de uma estação de tratamento de esgoto (ETE) na área do emissário submarino, que irá permitir que o esgoto lançado no mar seja tratado previamente de modo a garantir que não haverá poluição e a contratação de projeto para implantação do sistema do complexo de esgotamento sanitário na região que se limita do rio Jacarecica até Riacho Doce.
Outros projetos para melhorias no saneamento básico serão informados pela Secretaria de Estado de InfraEstrutura.