As mudanças de partido que ocorreram no final de semana, no Brasil (em especial, em Alagoas) inauguram uma nova fase de discussões entre as siglas para o processo eleitoral em 2014.
Com as peças no tabuleiro já definidas, as movimentações agora são os fortalecimentos de alianças para a disputa majoritária (o que inclui o pensamento do tempo de televisão e rádio) e a pura matemática eleitoral – o pragmatismo! – na formação das pequenas chapas proporcionais.
São estas discussões que vão tomar conta dos partidos até a data das convenções partidárias de 2014. No cenário político alagoano, sem novidades no campo majoritário: quatro forças tentam consolidar suas candidaturas ao governo do Estado de Alagoas.
O senador Benedito de Lira (PP) – que segue com a simpatia do PSD e do PR pode aglutinar ainda o Solidariedade dentro deste grupo – afirma que é candidato de qualquer jeito. Ainda que não consiga se apresentar como o nome da situação, Lira entrará na disputa.
No PMDB, o reforço dos quadros é na proporcional. O partido briga para fazer uma grande bancada federal e estadual. O projeto do PMDB é para além de 2014, como se observa. Chegar ao Palácio República dos Palmares – seja com o senador Renan Calheiros ou com o deputado federal Renan Filho – tem incluído, entre os peemedebistas, um “pensar além”.
É um partido que se prepara para ganhar o Executivo, com total apoio no Legislativo e já tendo promessas para próximas eleições. Vale lembrar de nomes como o de Luciano Barbosa (PMDB), Renan Filho (PMDB) e José Wanderley (PMDB). Se não estiverem nas majoritárias de agora, continuam sendo vistos como bons quadros para o futuro.
O senador Renan Calheiros – evidentemente – se mantém com total cautela.
A permanência do vice-governador José Thomaz Nonô (Democratas) também reforça sua posição de possível candidato no tabuleiro de xadrez. Nonô pode ganhar forças por ser o nome para abrir dois palanques nacionais: o do governador de Pernambuco, Eduardo Campos (PSB), caso firme aliança. Ou o do senador Aécio Neves (PSDB), que também é um presidenciável.
Nonô pode se viabilizar como o candidato da situação, principalmente se o governador de Alagoas, Teotonio Vilela Filho (PSDB) resolver sair do governo em abril. Vilela já tem decisão tomada – conforme bastidores – mas ainda mantém segredo sobre o fato.
O quarto nome pode ser o de Fernando Collor de Mello (PTB). De acordo com uma fonte, Collor pode se animar a ser candidato ao governo do Estado – mesmo negando veementemente esta pretensão em entrevistas – caso apareçam três nomes na disputa. Com o cenário dividido, Collor – que lidera as pesquisas para o Senado Federal – tem mais chances de aparecer em um segundo turno.
Por enquanto, o senador petebista reafirma que é candidato ao Senado Federal. Apenas duas candidaturas postas ao Senado: a do próprio Collor e a da vereadora Heloísa Helena (PSOL). O terceiro nome pode ser o de Teotonio Vilela Filho, como tudo indica.
Entretanto, o ex-psolista Alexandre Fleming deve retornar ao jogo pelo PTN. O partido – que já foi o deputado estadual João Henrique Caldas, atualmente no Solidariedade – trabalha a possibilidade de lançar uma majoritária. Fleming estaria encabeçando o projeto. Disputaria o governo do Estado ou o Senado Federal. Seria um nome a complicar o “jogo político”? A resposta será dada pelas urnas.
O PSOL – com o lançamento de Heloísa Helena para o Senado Federal – trabalhará o nome da vereadora como prioridade em 2014. Mas não vai ficar de fora do processo. Deve marcar posição com um nome a disputar o governo do Estado. Uma chapa-puro sangue.
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