A fabricante de smartphones BlackBerry estaria em negociação com o Google, a Cisco Systems e a SAP para vender participações ou a totalidade da empresa, afirmam a Reuters diversas fontes familiarizadas com o assunto.
O negócio seria uma alternativa ao acordo para fechar o capital da BlackBerry por cerca de US$ 4,7 bilhões firmado no dia 23 de setembro com um consórcio liderado pela Fairfax Financial Holdings, maior acionista da fabricante de smartphones.
A BlackBerry, que tem sede em Ontário, no Canadá, pediu por manifestações preliminares de interesse de potenciais compradores estratégicos, que também incluem a Intel e empresas asiáticas como LG e Samsung.
Google, Intel, Cisco, LG e SAP não quiseram comentar. A Samsung não estava imediatamente disponível.
Não está claro quais dessas companhias fizeram ou irão fazer ofertas. Mas os potenciais compradores estão especialmente interessados no servidor de rede da BlackBerry e na patente de portfólio, embora dúvidas sobre o valor de seus ativos permaneçam sendo um problema, dizem as fontes a Reuters.
Um porta-voz da BlackBerry disse em um e-mail para a Reuters: "O comitê especial, com a assistência de conselheiros independentes financeiros e legais da BlackBerry, está conduzindo uma robusta revisão das alternativas estratégicas". Mas ele não quis dar mais detalhes.
Prejuízos
Possíveis ofertantes estão procedendo com cautela dadas as incertezas sobre a BlackBerry, que em setembro relatou um prejuízo trimestral de quase US$ 1 bilhão por conta das fracas vendas dos aparelhos Z10.
A fabricante canadense vendeu menos de 2 milhões de aparelhos que rodam o BlackBerry 10, novo sistema operacional da companhia e aposta para voltar a ser relevante no mercado de smartphone, segundo dados divulgados ao mercado na terça-feira (1º).
De junho a julho de 2013, foram vendidos 5,9 milhões de smartphones, mas 4,2 milhões eram BlackBerry 7.
A BlackBerry registrou um prejuízo de US$ 965 milhões no trimestre fechado em agosto e teve receita 45% menor em relação ao mesmo período do ano passado, de US$ 1,6 bilhão. A companhia planeja cortar 4.500 empregos, ou mais de um terço da sua força de trabalho.