O governador de Alagoas, Teotonio Vilela Filho (PSDB), culpou o governo federal – durante um encontro com a imprensa alagoana – pela crise vivenciada no setor sucroalcooleiro, que tem levado algumas usinas a situações preocupantes.
De acordo com Vilela, o governo da presidente Dilma Rousseff (PT) tem mantido o preço do etanol artificialmente baixo e, por esta razão, teria levado o setor a uma crise financeira, tanto aqui em Alagoas, quanto em outras regiões do país, como em São Paulo.
Vilela foi cobrado em relação á situação das usinas, por conta do fechamento de postos de trabalho. “A pressão não tem que ser no governo estadual, que nada pode fazer neste sentido. A pressão tem que ser no governo federal pelo preço real do etanol. Em São Paulo, 80 usinas estão à venda. Sabemos da situação do grupo João Lyra”, salientou.
O chefe do Executivo ainda negou a possibilidade de conceder redução nos impostos para o setor. “Se fizer isto, terei que reduzir para os outros também. Além do mais, Alagoas não pode abrir mão de cobrar impostos dos usineiros. Como disse, o problema não é carga de impostos, mas sim do valor do etanol artificialmente comprimido. Eu faço questão de cobrar impostos de usineiros”.
Teotonio Vilela Filho ainda ironizou em relação às cobranças. “Num dia este governo é o que protege os usineiros, no outro é cobrado para ajudar”. Questionado sobre se o aumento do etanol seria repassado para o consumidor final, Vilela frisou: “claro que sim. Mas, o consumidor seria afetado dentro da realidade de mercado e o setor não estaria passando pela crise”.
De acordo com o tucano, hoje o setor sucroalcooleiro é responsável por 30% da arrecadação do Estado de Alagoas. “Houve época em que era 70%. Houve uma mudança em Alagoas, inclusive com diversificação da economia”.
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