Ao avaliar a pesquisa do Ibrape/CadaMinuto sobre a avaliação de seu próprio governo, Teotonio Vilela Filho (PSDB), salientou acreditar nos números e avaliou que há um distanciamento entre “as ações do governo do Estado e a percepção da população, principalmente do público eleitor”.
Viela foi aprovado por 48% dos entrevistados e rejeitado por 43%. Em Maceió, a pesquisa apontou uma desaprovação de 61%. O Ibrape ouviu duas mil pessoas em todo o Estado. O tucano destacou ainda que foi uma avaliação bem semelhante da feita no final de seu primeiro mandato e estabeleceu comparações.
“Naquela época (2006), um ano antes do processo eleitoral, as pesquisas de opinião mostravam uma avaliação com números inferiores ao que eu esperava, como foi agora. O que noto é que havia um distanciamento entre o que o governo fazia e a percepção do eleitor, como frisei”, analisou. Vilela crer que este abismo ainda existe e por isso os números não são os esperados pelo Executivo.
Teotonio Vilela Filho lembrou que no cenário eleitoral ainda aparecia como último colocado em pesquisas. “O ex-prefeito Cícero Almeida – que ainda era colocado nas pesquisas de intenção de votos – liderava, o Ronaldo Lessa era o segundo colocado, depois vinha o Fernando Collor. Eu aparecia em quarto. Eu, como governador, sabia que merecia ser reconduzido ao cargo. O que faltava era mostrar a população o que havíamos feito”, salientou.
Para o tucano, durante a campanha de 2007, foram mostradas as conquistas, o que reverteu o quadro. Indaguei, então se ele concordava com o vice-governador José Thomaz Nonô (Democratas), quando afirmou que Executivo se comunica mal. “Não se trata de se comunicar mal. É um conjunto de fatores. É não fazer também o que precisa ser feito para melhorar a percepção da sociedade em relação ao trabalho do governo”, frisou.
Vilela também fez o “mea culpa”. “Eu também sou culpado disso. Entra também a questão do governador. Não sou de holofotes e não me expresso com a competência de um Cícero Almeida, por exemplo, que é muito competente ao falar com a população. O governador – portanto – também não tem ajudado muito. Então, vai se criando um clima no governo de que não há necessidade de falar, de aparecer, de se mostrar as conquistas que estamos tendo. Falta de minha parte fazer isto”.
Estou no twitter: @lulavilar