Em um almoço com jornalistas, o governador de Alagoas, Teotonio Vilela Filho (PSDB), tocou em diversos temas de sua administração. Destaquei dois, em posts separados (estão logo abaixo), porque acredito que mereçam o espaço específico por serem assuntos não tão comuns a serem abordados pelo chefe do Executivo.
No mais, Vilela fez avaliação de conjuntura política e destacou ações de sua gestão que ele mesmo considera importante. Estas serão resumidas – pontualmente – neste post. Começo pelo cenário eleitoral.
Eleições
O tucano foi indagado – mais uma vez – se será candidato ou não em 2014. Se optar pela disputa eleitoral, o tucano parte para a briga pela única vaga do Senado Federal. A razão – que não é novidade! – de seu embate com o senador Fernando Collor de Mello (PTB).
Mais uma vez, o tucano demonstrou cautela. “Só decido no dia 4 de abril, se vou continuar no governo ou se serei candidato”. Indagado se já tinha a decisão tomada e apenas mantinha segredo, Vilela respondeu: “vou decidir. Mas, não quero trazer a eleição para ser discutida agora. O momento certo é o ano que vem”.
O tucano foi ainda questionado se sofre pressão daqueles que aguardam um posicionamento de Vilela. No caso, o senador Benedito de Lira (PP) e o vice-governador José Thomaz Nonô (Democratas). Ambos trabalham – nos bastidores – para disputarem o governo do Estado de Alagoas com o apoio da gestão do PSDB.
Vilela brincou ao responder, mas falou o que é perceptível “a olho nu”: “O Nonô está tão calmo em relação ao assunto que eu estou impressionado. Já o Benedito de Lira é mais nervoso”. Teotonio Vilela Filho – entretanto – não demonstrou preferência.
Saúde
Além do assunto eleição, Vilela fez questão de apresentar um apanhado de ações da pasta da Saúde. “Estamos direcionando forças na atenção básica de Saúde. Pela primeira vez se repassa mensalmente os recursos aos municípios, sem atrasar”. O governador falou de reforço no Programa Saúde da Família e fortalecimento na atenção à gestante, com novas maternidades.
Pontuou ainda o Sistema Único de Saúde. “É preciso criar condições para facilitar a vida do paciente do SUS e ações que desafoguem o Hospital Geral do Estado (HGE). Este governo será o que criou mais leitos nos hospitais de Alagoas”. De acordo com Vilela, serão 500 novos leitos ao final de sua gestão. “Não resolve tudo, mas é outra estrutura”.
Ainda sobre o assunto, destacou a inauguração da 35ª base do SAMU. Segundo o chefe do Executivo, isto possibilita 100% de cobertura em Alagoas, com uma base – segundo ela – a cada 30 quilômetros.
Canal do Sertão e segurança
Vilela ainda elogiou os senadores alagoanos Renan Calheiros (PMDB) e Benedito de Lira por conta – segundo ele – no empenho em relação à quinta etapa do Canal do Sertão. “Estamos trabalhando para chegar ao quilômetro 150”. Destacou o projeto junto com a Codevasf para o uso da água e da criação de uma empresa para cuidar das águas nascentes e gerenciar o canal.
“Estou muito focado também em três áreas, Educação, Segurança e Saúde. São áreas que consomem maior parte da minha agenda”, disse.
Ao falar sobre segurança pública, Vilela salienta que tem buscado agregar outras ferramentas ao programa Brasil Mais Seguro, como a convocação de novos policiais, construção de presídios e investimentos. “Nesta área, é matar um leão por dia. Estamos nos estruturando a cada dia. Para resolver a questão da violência, também é preciso investir em ações sociais”. O governador citou as comunidades terapêuticas para os que querem se recuperar do vício das drogas e da atração de empresas como forma de gerar emprego e combater a miséria. “Isto temos feito”.
“Em segurança, foram investidos – historicamente – R$ 9 milhões/ano. Somente em 2013 e 2014, investimentos mais de R$ 260 milhões. Isto mostra o quanto estamos trabalhando”, argumentou.
Dívida pública
O governador ainda conversou sobre a dívida pública de Alagoas. Diz que tem conversado com ministros do governo federal de Dilma Rousseff (PT), mas ainda sem respostas sobre uma nova política em relação aos juros da dívida. “O ministro Guido Mantega apenas diz que tem pena de mim, mas nada pode fazer”.
Vilela tem defendido a proposta – que segundo ele é um compromisso do PSDB para as próximas eleições presidenciais – de que com base no IDH dos estados da federação, se tenha o pagamento da dívida devolvido para a aplicação direta em ações de melhorias do índice, com investimentos nas áreas que são analisadas para composição deste IDH.
“Os estados mais pobres – como Alagoas – seriam beneficiados. Claro, que tudo seria condicionado a metas, para que o Estado não ficasse recebendo o pagamento de volta para sempre. É o que eu tenho proposto. O senador Aécio Neves vai apresentar esta proposta e colocá-la para discussão. É importante”.
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