Não serão apenas as críticas à segurança pública, educação e saúde que subirão nos palanques arquitetados pelos adversários do governador Teotonio Vilela Filho (PSDB) durante este período pré-eleitoral.

 

Demorou, mas os empréstimos contraídos pelo governo do Estado também  entraram na pauta da oposição. De um lado, o Executivo afirma que eram ações necessárias para colocar o Estado no trilho do desenvolvimento.

 

É preciso – e aí a crítica é cabível por demais – saber onde foram aplicados estes recursos e o impacto deles na dívida pública de Alagoas. Uma dívida que – atualmente – faz com o que o governo “sangre” em R$ 50 milhões/mês. Como será entregue o cofre estadual para sucessor? Independente se oriundo da situação ou da oposição?

 

A rediscussão dessa dívida terá que ser um compromisso de quem quer que seja o governador do Estado de Alagoas, nos próximos anos. Para um estado pobre, uma soma que faz muita diferença.

 

Diante disto, o senador Fernando Collor de Mello (PTB) não poderia deixar de tirar “casquinha” e “alfinetar” o principal rival político na atualidade: o tucano Teotonio Vilela Filho.

 

Collor lembrou do discurso genérico do cauteloso senador Renan Calheiros (PMDB), que conseguiu criticar tucanos sem se comprometer tanto. Renan Calheiros afirma que há “estados que já estouraram o limite da Lei de Responsabilidade Fiscal (LRF) e ainda buscam novos empréstimos”.

 

A referência é Alagoas, ainda que existam outros. Os empréstimos são conseguidos com liminares na Justiça. Calheiros afirmou ser absurda a forma como esses governos vão entregar os cofres para os sucessores. “Uma dívida impagável”.

 

Fernando Collor não precisou de eufemismo. “O alerta do senador Renan Calheiros se encaixa bem no governo tucano de Alagoas. Vilela endivida o Estado com empréstimos gigantescos”.

 

Politicamente, Collor ainda busca uma aproximação com o grupo dos Calheiros. Na ala peemedebista já se teme o medo da soma de “rejeições” tornando o palanque pesado demais. É mais provável que sigam em grupos separados.

 

Collor – entretanto – nega que venha a ser candidato ao governo, independente da posição que Renan Calheiros tomar. O fato é que a oposição já tem um discurso bem afinado e com sentido. Resta saber se é o discurso certo com a pessoa certa. Aí, meus caros, é a avaliação do eleitor que está, com toda certeza, bem atento ao processo. 

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