Um dos motoristas suspeitos de envolvimento no acidente que matou seis pessoas em Mogi das Cruzes na madrugada de sábado nega ter participado de um racha. Paulo Henrique de Oliveira Mota Batista, 22 anos, disse em entrevista à Rádio Bandeirantes que estava chegando em casa e o outro motorista estava com farol alto. "Eu não vi ninguém, me apavorei na hora e só quis ir embora. Não me apresentei à polícia porque achei que o pessoal ia me bater, fiquei desesperado", alegou o jovem, que conduzia um Palio na avenida Japão quando o Monza de Reginaldo Ferreira da Silva, 41 anos, capotou e acertou 10 pessoas no acostamento, matando seis jovens. Os dois estariam participando de um racha no momento do acidente.

O carro de Batista foi localizado a partir das placas, na casa dos pais do rapaz. "Não tenho culpa nenhuma, não mereço nenhuma punição pois estava indo para a minha casa. Eu estava no lugar errado, na hora errada", garantiu o jovem. Na manhã desta segunda-feira, ele se apresentou à 2ª Delegacia de Polícia. O rapaz chegou ao local acompanhado do pai e de seu advogado. O investigador Ricardo Araújo disse que a versão de Paulo não se sustenta e que o advogado do jovem é bastante conhecido na região. As testemunhas já foram ouvidas e a polícia já se reuniu com a polícia criminalística. "Com a reconstituição do fato vamos entender o que acontece. Vamos ver se conseguimos diminuir esse crime. Estamos apurando com câmeras dos estabelecimentos locais, mas o testemunhal foi importantíssimo. O Paulo cometeu a infração", afirmou à rádio. 

O acidente
Um racha na madrugada de sábado deixou seis mortos em Mogi das Cruzes (SP), depois que os motoristas perderam o controle dos carros na avenida Japão. O Monza conduzido por Reginaldo Ferreira da Silva, 41 anos, invadiu o acostamento e atropelou 10 pessoas. O motorista do Palio, Paulo Henrique de Oliveira Mota Batista, 22 anos, fugiu do local.  

O carro de Batista foi localizado, a partir das placas, na casa dos pais do jovem. Em depoimento à polícia, o motorista do Monza revelou que havia ingerido bebidas alcoólicas e teve amostra de sangue enviada à perícia para determinação do nível de embriaguez. Silva também não tinha carteira de habilitação. Preso em flagrante após o acidente, o homem continua detido e será indiciado por embriaguez, lesão corporal - houve três feridos leves - e homicídio doloso.

No domingo, parentes e amigos dos seis jovens mortos na tragédia fizeram a última homenagem às vítimas. Patrícia Fontana Rieper, 19 anos, foi sepultada no cemitério Parque das Oliveiras, em Mogi das Cruzes. Lucas Baptista Lopes foi enterrado no Cemitério da Saudade, onde na sequência também foram sepultados Jeferson Andrade Nunes, Rebert Nascimento Silvério e André Francisco Duarte e Herick Henrique Marques Pereira.