O ex-presidente da República e senador Fernando Collor (PTB-AL) terá que depor na Justiça de Brasília na próxima segunda-feira, 23. Ele responde a processo em que é acusado de ter dado um calote de R$ 1,4 milhão nos publicitários que fizeram sua campanha ao governo, em 2002. A informação foi publicada hoje na coluna Mônica Bergamo, da Folha de S.Paulo.
COMO TODOS
Ao designar que Collor seja ouvido, a juíza Diva Pereira negou a possibilidade de ele prestar depoimento em seu gabinete no Senado Federal.
Segundo ela, tal prerrogativa não pode ser aplicada a parlamentar que integra o polo passivo da causa. O ex-presidente contesta a dívida, apresentada pelo publicitário Lucas Pacheco.
Adogado rechaça acusação e diz
que Collor nada deve ao publicitário
“O meu constituinte rechaça por completo qualquer acusação de calote contra o publicitário Lucas Pacheco. O senador Collor nunca manteve relação contratual de trabalho com esse profissional”, reagiu o advogado João Lobo, ao tomar conhecimento de informação veiculada na imprensa, dando conta de que o Collor teria supostamente deixado de pagar R$ 1,4 milhão ao mencionado publicitário, e cuja origem teria sido a campanha ao governo de Alagoas, em 2002.
O advogado do senador disse estar absolutamente seguro de que tudo ficará esclarecido na Justiça. “O publicitário prestou, sim, serviços à coligação partidária na qual o senador Collor integrava. Temos provas documentais de que os serviços prestados foram integralmente honrados”, explicou João Lobo. Ele está convencido de que, no momento oportuno do processo, tudo ficará esclarecido. “O meu cliente nada deve a esse profissional, pois não firmou nenhum contrato com ele”, ressaltou.
João Lobo também informou que já obteve vitórias no curso desse processo e que está peticionando ao juiz Orlando Rocha, em Maceió, onde o processo originou-se, para fazer valer a decisão já consagrada pelo magistrado: a de que o senador tem a prerrogativa de ser ouvido em seu gabinete parlamentar, em Brasília. “Cabe à Justiça do Distrito Federal cumprir a decisão do juízo originário, e ouvindo a parte conforme a decisão tomada pelo Dr. Orlando Rocha. Além do mais, não houve, à época, nenhum recurso quanto a esse procedimento deferido pelo eminente juiz”, concluiu o advogado.
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