O presidente Barack Obama concordou com seus colegas da França e do Reino Unido em examinar nesta terça-feira na ONU a proposta da Rússia para colocar as armas químicas da Síria sob controle internacional, afirmou um funcionário americano à agência AFP. O debate tentará avaliar a viabilidade do plano visando a alcançar uma resolução no Conselho de Segurança da ONU, disse a fonte.
O governo americano avalia desde segunda-feira a proposta russa, que pode suspender os planos de Washington de realizar ataques limitados à Síria em punição pelo uso de gases neurotóxicos contra os opositores ao regime de Bashar al-Assad.
Em uma audiência no Congresso americano, o secretário de Estado, John Kerry, afirmou que colocar o arsenal sírio em mãos internacionais seria a "via ideal", enfatizando, no entanto, que isso será "extremadamente difícil". Ele ainda afirmou que os EUA não esperarão por muito tempo a proposta ser implementada. "Vamos esperar a proposta, mas não vamos esperar por muito tempo", afirmou.
Na mesma linha, o secretário de Defesa, Chuck Hagel, disse que todos esperam que a proposta russa seja uma "solução real para esta crise", mas insistiu que a "ameaça real e concreta" de uma ação militar dos EUA deve ser mantida.
Na audiência, Kerry afirmou que a Síria possui cerca de mil toneladas de vários agentes químicos, incluindo gás sarin e mostarda. Segundo ele, alguns dos agentes foram combinados em novos componentes enquanto outros simplesmente estão estocados em tanques.
Na segunda-feira, o presidente Barack Obama deu crédito à iniciativa, mas considerou que a mesma responde à ameaça de ataques militares e mostrou-se cético sobre as intenções de Damasco. Na noite desta terça-feira Obama se dirigirá ao país em um discurso a partir da Casa Branca.?