O senador Benedito de Lira (PP) tem motivos para ter saído feliz da convenção estadual que realizou na última sexta-feira, dia 30. Como já tinha dito aqui no blog, o pepista reuniu representantes de várias legendas da base palaciana.

 

Mas, dentre estes partidos, o único apoio já declarado em uma eventual candidatura ao governo é do PR do deputado federal Maurício Quintella. Os demais pousaram para a foto. Todavia, será que Benedito de Lira sabe que posar para a foto não é o mesmo que fechar acordo?

 

O senador sabe disso? Sim! Entende de política o suficiente para saber o óbvio. Benedito de Lira mostrar poder de articulação. Mas, o caminho é longo pela frente.  Tem uma disputa interna para se consolidar candidatura de situação no Palácio República dos Palmares.

 

Que não confundam a cautela do vice-governador José Thomaz Nonô (Democratas) com ausência de habilidade. Nonô sabe que se assumir o governo, muita coisa muda. E a tendência – com o governador Teotonio Vilela Filho (PSDB) dando sinais de que vai acordar de um sono profundo, mudando secretário e respondendo às críticas – é que Nonô ocupe a principal cadeira do Palácio República dos Palmares.

 

O PSDB lançou até um ingrediente novo: uma suposta (bem suposta mesmo!) candidatura majoritária do secretário de Infraestrutura, Marcos Fireman.  Seria para afirmar que não se fecha acordo agora?

 

O afoito dançarino Benedito de Lira partiu na frente. Está em disparada. Porém, não se trata de cem metros rasos, mas de uma maratona. Vale lembrar da fábula da lebre e da tartaruga. E aí, Benedito de Lira tem que ter cuidado para não virar a lebre ultrapassada, nem para ser o “gato por lebre” da história.

 

Vale lembrar que nesta arca – que não é de Noé! – o mais bobo dá nó em pingo d’água, belisca azulejo. Quem menos corre, voa...em busca de seus próprios interesses. Após a batalha interna, já que ninguém é candidato de si mesmo,  vem outra luta. Com os grupos políticos que se encontram fora dos limites palacianos.

 

 Por enquanto, o nome do senador Renan Calheiros (PMDB) é o que é posto. O outro senador Fernando Collor de Mello (PTB) ainda é uma incógnita (senado ou governo?).

Em outras palavras: a força demonstrada na convenção tem sua importância, mas tem uma enxurrada pela frente...

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