Mergulhada em denúncias que versam sobre irregularidades na folha salarial da Assembleia Legislativa do Estado de Alagoas e sem conseguir dar respostas convincentes até o presente momento, a Mesa Diretora da Casa de Tavares Bastos vai divulgar a folha de pagamento deste mês.
Ao menos é o que afirma o procurador-geral da Assembleia Legislativa do Estado de Alagoas, Fábio Ferrario. De acordo com Ferrario, fará parte de uma nova série de medidas que o parlamento estadual pretende adotar com o intuito da transparência.
Ferrario destaca que deve indicar novas medidas à Mesa Diretora com base no recadastramento e na auditoria que será realizada. Questionei ao procurador o fato do parlamento estadual já ter realizado estes procedimentos em passado recente, mas nunca ter apresentado resultados efetivos.
O procurador defende as medidas: “o recadastramento e a auditoria do passado mostram um retrato que é do passado. Quero um retrato do agora. Por isto sugerir estas medidas que foram adotadas pela Mesa. Com base nelas, poderemos indicar novas ações que podem ser acatadas ou não, pois a procuradoria é opinativa”.
Vale lembrar que a Mesa Diretora presidida pelo deputado estadual Fernando Toledo (PSDB) já divulgou a folha da Casa há algum tempo. Porém, de forma incompreensível. Toledo – na época – disse que foram equívocos cometidos pela Casa. Nunca mais se ouviu falar no assunto.
Fábio Ferrario destaca que assim que o pagamento deste mês for finalizado, quando que simultaneamente, as informações estarão disponibilizadas no site da Assembleia Legislativa. No portal, constam alguns gastos da Assembleia Legislativa referentes a meses iniciais do ano. Basta acessar www.assembleia.al.gov.br e clicar em “transparência”.
Mesmo assim, o parlamento estadual ainda está longe da transparência que se cobra dele. As denúncias feitas pelo deputado estadual João Henrique Caldas, o JHC (PTN), são gravíssimas. Como se não bastasse, repletas de indícios de que o parlamentares da Mesa Diretora usavam laranjas para a malversação dos recursos públicos. É justamente isto que o Ministério Público Estadual está investigando, com possíveis enxertos na folha de pagamento.
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