O vice-governador José Thomaz Nonô (Democratas) – em uma entrevista ao Blog do Vilar – havia avaliado que um setor que ia mal no governo do Estado de Alagoas era a Comunicação. Diante da mudança de nomes – a saída do secretário Rui França e a entrada de Keylle Lima no comando da pasta – ouvi Nonô sobre o que ele esperava.

 

Ele ressaltou a escolha do governador Teotonio Vilela Filho (PSDB).

 

“Foi uma alternativa interessante que o governador encontrou. O Keylle Lima é muito bom profissional. Já tive a oportunidade de estar em alguns projetos com ele e pude observar a sua competência. A mudança é boa”, colocou Thomaz Nonô. O vice se mostra satisfeito, ainda que – em sua fala – reconheça o serviço prestado por Rui França.

 

Nonô colocou que a gestão de Rui França foi “o melhor que pode”. “Mas, a insatisfação era generalizada. Quanto fiz a crítica de que o governo se comunicava mal, não me referi apenas a questão da propaganda institucional. Acho que havia uma dificuldade em ‘vender’ o que há de positivo no governo e são muitas coisas”, explicou ainda o governador.

 

Vilela faz um governo mal avaliado pela opinião pública, em função dos resultados considerados pífios em alguns setores estratégicos, como Educação e Segurança Pública.

 

Thomaz Nonô acredita que – apesar de não ser um jornalista para a pasta – Keylle Lima deve fazer um trabalho positivo. “Como gestor será muito positivo. Obviamente, ele vai ter uma equipe de jornalistas com ele para dar um suporte para aconselhamentos no que for preciso. Mas, a pasta terá um gestor eficiente que tem se destacado dentro do governo”.

 

Ao fazer a avaliação do novo secretário, Nonô ainda arrematou: “em um governo meu, eu o aproveitaria como excelente gestor. Não sei se na Comunicação, mas em alguma pasta”. Para o vice-governador, Keylle Lima assume o desafio “em um setor do governo que claudicava”.

 

A mudança na pasta da Comunicação pode ser um sinal de que Vilela parte para a disputa do Senado Federal. Por isso a preocupação com a imagem. Ou seja: caminho mais aberto para Nonô sentar na cadeira de governador e estruturar uma candidatura ao Palácio República dos Palmares. Entre os palacianos, a rota de colisão de Nonô pode ser com o senador Benedito de Lira (PP), que era muito próximo de Rui França. Mas aqui, é uma análise minha: a mudança na Comunicação abre mais espaço para Nonô no Palácio. 

Estou no twitter: @lulavilar