Uma pesquisa realizada pelo Serviço de Proteção ao Crédito (SPC) e pela Confederação Nacional dos Dirigentes Lojistas (CNDL) aponta que os consumidores brasileiros gastam mais por impulso nos supermercados e shoppings. De acordo com os dados da pesquisa, 34% dos consumidores gastam mais do que o planejado nos supermercados.
A arquiteta alagoana Karlla Menezes é uma destas consumidoras que gasta mais no supermercado do que no shopping. Ela, confessa que leva lista ao supermercado mais acaba não resistindo a variedade de produtos expostos na prateleira. “Quando encontro algum item importante que não foi colocado da ultima vez que fiz as compras eu acrescento e sai um pouco fora da lista”.
Karlla que muitas vezes compra produtos que estão na safra porque os itens estão mais em conta, todavia acaba pecando nas guloseimas. “Acrescento itens de saúde, como queijo, iogurte, biscoito light. E aí, eu penso, vou experimentar este aqui, e isso encarasse”.
As compras por impulso em shopping centers aparecem entre os 25% dos entrevistados, seguidos pelas compras em lojas on-line e sites de compras coletivas que aparecem como resposta de 19% dos entrevistados, ocupando a terceira colocação.
Quanto às compras no shopping, a arquiteta revela que é mais resistir ao impulso porque é preciso provar, ouvir opiniões. “Nem sempre você vai acompanhada, compra se houver alguma necessidade e você pensa mais na hora de decidir pela compra, diferente do que acontece nos supermercados onde as ofertas são mais variadas e tentadoras”.
O economista Rômulo Sales diz que os fatores que contribuem para a compra por impulso são a falta de planejamento e as ofertas. “Estes dois fatores contribuem diretamente para a compra por impulso e falta de planejamento também ajuda no descontrole do orçamento”.
Ele orienta que o consumidor faça sua lista e compras e procure seguir a risca o que foi planejado porque desta forma não há comprometimento no orçamento familiar. “Qualquer coisa que você vai comprar tem que estar no planejamento. Se você vai precisar comprar roupa agora para o final de ano, tem que colocar no orçamento e se planejar”.
Rômulo diz que não vê pecado em vez por outra estourar o orçamento, contudo, isto não pode se tornar rotina. “Não vejo pecado fugir a regra, ninguém é de ferro, mas a partir do momento que o consumidor foge constantemente, ele precisa rever o seu planejamento”.