Durante um café da manhã com a imprensa, nesta segunda-feira, dia 19, o prefeito de Maceió, Rui Palmeira (PSDB), tocou em um assunto polêmico com o qual a Prefeitura Municipal de Maceió tem lidado nos últimos dias: as ocupações de movimento sociais formado por pessoas carentes que reivindicam moradia.
Segundo Rui Palmeira, a administração municipal não tem nada contra os movimentos “sem-teto”, mas que a questão será atendida dentro de um regramento, para evitar atender a aproveitadores que acabam ligados ao movimento. “Há casos de casas que são doadas, vendidas e a pessoa volta às reivindicações”.
“É preciso que existam regras e que se observe a situação. Há um cadastro que será respeitado. Há pessoas que perderam residências em função das chuvas que estão na fila de espera. Não é justo que o movimento passe na frente”, salientou.
O tucano ainda chamou atenção para o número de “sem-teto” que foi apresentado à Prefeitura Municipal de Maceió por um dos movimentos. A lista tinha sete mil famílias. Rui Palmeira ressaltou a necessidade de obedecer um cadastro e um conjunto de regras para evitar aproveitadores.
O secretário municipal de Habitação, Mac Lira, também falou sobre o assunto. Defendeu o mesmo cuidado em relação ao cadastro que já existe no município e que inclui outras famílias. A administração municipal vai listar pessoas que possuem direito a receber imóveis no Conjunto Parque dos Caetés, no bairro do Benedito Bentes.
Para se ter ideia do problema, no primeiro semestre deste ano mais de mil famílias invadiram o terreno de uma construtora no bairro do Tabuleiro do Martins. A área foi desocupada após uma ação de reintegração de posse.
Neste mês, novas ocupações ocorreram no bairro da Serraria, às margens da polêmica Avenida Pierre Chalita. Também houve ocupações na Avenida Márcio Canuto, na parte alta da cidade. Os ocupantes são ligados ao Movimento Via do Trabalho. A ideia é ocupar o que estes consideram áreas ociosas para pressionar a Prefeitura Municipal de Maceió.
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