O vereador Galba Novaes Neto (PMDB) – autor do projeto de lei que cria o passe-livre em Maceió – disse que tem edil, dentro da Casa de Mário Guimarães, que luta para derrubar o projeto, nos bastidores políticos.

 

Galba Neto – entretanto – não revelou nomes. Jogou a denúncia no ar. Cria um clima ruim no plenário da Casa, já que todos passam a ser, obviamente, suspeitos de trabalharem contra o seu projeto de lei. Digo isto, sem entrar no mérito da questão.

 

Ora, é natural que algum vereador não concorde com o projeto de lei. Se este edil existir, porém, que faça a discussão na tribuna e se posicione. É mais honesto. Quanto a Galba Neto, que dê nomes aos bois.

 

A Câmara Municipal – na legislatura passada – já viveu o clima de “todos em suspeição” por conta de um “traíra”. Lembram? Foi na votação para decidir quantos edis deveriam ocupar assento na Casa. Lá surgiu o “vereador Pinóquio”, que nunca teve a identidade revelada.

 

O projeto de lei de Galba Neto pode sim ser questionado. É uma casa de plurais. Agora, por honestidade intelectual, que se evite a surdina.  Galba Neto ainda denuncia que o edil “trabalha arduamente junto a outros vereadores e até entidades públicas para impedir o trâmite do projeto”.

 

“Se acontecer novamente, levarei o nome ao plenário”, disse Galba Neto. Ora, já deveria ter levado! Por que não o fez?

 

O discurso do peemedebista ainda rendeu uma declaração de João Luiz (Democratas) que mostra que a trairagem no parlamento-mirim pode ser até a regra. Diz o pastor e vereador João Luiz – com todas as letras! – que não é a primeira vez que há uma luta em surdina para se barrar um projeto de lei. Longe dos holofotes, da honesta discussão em plenário, mas simplesmente medindo forças nos bastidores.

 

João Luiz deixa claro ser natural tal procedimento, vejam só! 

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