Como já havia antecipado neste blog e na coluna Vila Press (no semanário CadaMinuto Press), o deputado federal Maurício Quintella (PR) vai recorrer ao Supremo Tribunal Federal para conseguir instalar a Comissão Permanente de Inquérito (CPI) da Petrobras.

 

Na manhã de hoje, 12, Quintella confirmou a informação em seu micro-blog.

 

A CPI vai apurar as denúncias envolvendo a empresa. As mais recentes mostram desvio de verbas de contratos da Petrobras para políticos do PMDB. Será que é por isto que o presidente da Câmara, Henrique Alves (PMDB), não pode ouvir falar na CPI? Perguntar não ofende.

 

Ou seja: assunto novo para uma velha “requisição” de CPI que nunca contou com a “boa vontade” do peemedebista Henrique Alves. E, conforme denúncias que estão na revista Época, o dinheiro desviado teria sido utilizado ainda para abastecer o caixa de campanha de Dilma Rousseff (PT), nas eleições de 2010.

 

O pedido para a abertura de CPI está na Câmara dos Deputados há dois meses e meio. Em uma reunião, Henrique Alves havia convencido Quintella a aguardar respostas da direção da Petrobras antes de ir ao STF. Mas, a paciência do deputado federal diante de novas denúncias parece ter se esgotado.

 

O pedido da CPI reuniu 199 assinaturas. 28 a mais que o mínimo necessário. Além de Quintella, a Comissão foi proposta por Carlos Magno (PP) e Leonardo Quintão (PMDB). Como a CPI está numa fila, deve ficar para o próximo ano. Ir à Justiça é justamente a busca pela antecipação das investigações na Câmara dos Deputados.

 

 

A CPI quer investigar – repito – os contratos internacionais da Petrobras. O pedido surgiu a partir da compra, pela estatal, de uma refinaria em Pasadena (EUA), em 2006. Foram investidos US$ 1,18 bilhão no negócio. Será que agora a CPI sai?

 

Para entrar com recurso no STF, Quintella aguarda a penas a posição de Henrique Alves, que será dada na quarta-feira próxima, sobre o fato determinado da CPI.  Se há ou não.  Como a expectativa é pela não abertura da CPI, os deputados que assinam o requerimento já se mobilizam para a ação judicial. 

 

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