As denúncias contra a Assembleia Legislativa do Estado de Alagoas - em relação a lista de ouro e os repasses a mais a funcionários comissionados, como comprovam os extratos bancários de 2011 – começam a refletir em outros poderes e como causa, posicionamentos dos nomes mais importantes da política local.
O jornal Valor Econômico faz análise de que estas lideranças estariam querendo colar sua imagem ao deputado João Henrique Caldas, o JHC (PTN), diante das repercussões a partir das denúncias feitas por ele.
Por esta razão, até agora, todas as manifestações de caciques políticos foram favoráveis ao deputado estadual denunciante João Henrique Caldas. Das principais lideranças, quem se pronunciou o fez cobrando maior transparência da Casa de Tavares Bastos.
Os senadores Renan Calheiros (PMDB) e Fernando Collor de Mello (PTB) – cada um de sua forma – elogiaram a atuação de JHC. Collor desafiou à ALE a abrir suas contas em uma auditoria independente. Renan Calheiros destacou que a cobrança por transparência na Casa seria uma posição do PMDB, que tem a maior bancada no Legislativo estadual.
Porém, ainda há autoridades em silêncio.
O governador de Alagoas, Teotonio Vilela Filho (PSDB) – que vive a apregoar em seu discurso a necessidade do corte de despesas, o bom uso do recurso público e a ressaltar a pobreza da Terra dos Marechais – não falou ainda sobre a crise vivenciada no parlamento estadual, mesmo diante da possibilidade de ser um “ralo” por onde escorre o dinheiro público.
Também não se sabe o que Benedito de Lira (PP) pensa sobre o assunto. O senador que foi ex-deputado estadual ainda não avaliou a tempestade que pesou sobre a Assembleia Legislativa.
A bancada federal também poderia apresentar sua visão sobre o que vem acontecendo na Assembleia. Alguns parlamentares de Brasília são oriundos da Casa. Francisco Tenório (PMN) e Arthur Lira (PP), por exemplo, foram até indiciados na Operação Taturana, quando eram parlamentares estaduais.
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