De acordo com o extrato bancário dos gastos da Assembleia Legislativa do Estado de Alagoas referente ao ano de 2012, os pagamentos feitos a servidores (efetivos e comissionados) aumentaram consideravelmente nos meses de janeiro, março e setembro.
Vale fazer a seguinte ressalva: em janeiro foram pagos – conforme alguns funcionários – pelo menos uma folha salarial do mês dezembro de 2011, o que elevou os gastos com folha pessoal. Em março, houve pagamentos resquícios de fevereiro, o que também pode ser utilizado como argumento pela Mesa Diretora.
Ainda assim, nestes meses há registros de repasses a mais que salários. Repasses estes que nunca foram bem explicados pela Assembleia Legislativa do Estado de Alagoas. A Mesa Diretora alega que são diárias e indenizações. Ora, então que as comprove. O presidente da Casa de Tavares Bastos, Fernando Toledo (PSDB) prometeu entregar os documentos que comprovam a legalidade dos pagamentos ao Ministério Público nesta segunda-feira próxima, dia 05.
Dito isto, sobre os meses de janeiro e março, o que chama a atenção são os gastos de setembro. Aproximadamente R$ 3 milhões acima da média dos outros meses. Setembro foi mês que antecedeu o processo eleitoral de 2012. Como perguntar não ofende: será que foi uma coincidência.
Vamos aos números dos gastos com pessoal com base no que se encontra registrado nos extratos da conta da Assembleia Legislativa (2012). Em janeiro o parlamento estadual pagou R$ 15.470.173,48; em fevereiro, R$ 944.026,20 (ou seja, muitos repasses feitos no mês posterior se referem a fevereiro), em março, R$ 17.721.101,18; em abril, R$ 9.014.885,31; em maio, R$ 8.912.456,16; em junho, R$ 8.816.501,93; em julho, R$ 8.851.582,27; em agosto, R$ 8.779.529,89; em setembro, R$ 11.958.221,89; em outubro, R$ 9.232.482,98; em novembro R$ 8.917.986,72 e em dezembro, R$ 8.430.212,28.
Em média, o parlamento tem um custo mensal entre R$ 9 e 8 milhões com folha de pessoal. Portanto, chama atenção – de fato – o aumento no mês de setembro. Seria interessante que a atual Mesa Diretora explicasse o motivo, já que a há uma cobrança por passar a Casa de Tavares Bastos a limpo. E R$ 3 milhões a mais é montante considerável...
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