O presidente da Assembleia Legislativa do Estado de Alagoas, Fernando Toledo (PSDB), ainda não mostrou a transparência da Casa de Tavares Bastos. Ou seja: segue sem conseguir explicar em detalhes os repasses feitos à “lista de ouro” dos 61 comissionados que receberam aproximadamente R$ 7 milhões em 2011, em diversos pagamentos.

 

Toledo afirmou – incialmente – que além de salários e férias, os repasses correspondiam a diárias e indenizações que foram pagos a assessores parlamentares. Alguns suspeitos de serem fantasmas. Na sequência das denúncias, que agora já envolve possivelmente – além de sustentar fantasmas e repasses além da conta – sonegação de impostos, Fernando Toledo avisa que vai entregar os documentos que comprovam a “inocência” da Mesa Diretora ao Ministério Público Estadual.

 

Segundo Fernando Toledo, serão encaminhados na próxima segunda-feira, 05. Aguardemos. A pressão é grande pra cima da Mesa Diretora. Nos bastidores, já se falou em afastamento da direção da Casa. Mas, se depender de Fernando Toledo tal afastamento não vai ser dado por meio de renúncia.

 

O presidente do Legislativo afirma que vai permanecer no comando da Casa de Tavares Bastos, mesmo sem ter apego ao cargo.  Fernando Toledo não respondeu – ainda! – ao desafio de Fernando Collor de Mello (PTB). O senador petebista propôs que Assembleia Legislativa abrisse as suas contas para uma auditoria independente.

 

Antes, João Henrique Caldas, o JHC (PTN), batia na tecla das denúncias contra a ALE de forma “solitária”, repercutindo apenas na imprensa local. Agora, o Movimento de Combate à Corrupção Eleitoral (MCCE) entrou na briga. Dos senadores, dois já se manifestaram favoráveis ao deputado do PTN: Renan Calheiros (PMDB) e Collor de Mello (PTB). Também, foram os únicos da bancada federal.

 

Dentro da própria ALE, Judson Cabral (PT) também partiu para cobrar da Mesa Diretora maiores esclarecimentos. A Ordem dos Advogados do Brasil, seccional Alagoas, também será provocada. A Assembleia Legislativa caminha para uma crise bem semelhante a da época da Operação Taturana desencadeada pela Polícia Federal. Teve gente que disse que foi exagero quando este blogueiro chamou o que acontece de “A Taturana II: a missão”.

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