Representantes da Secretaria de Estado da Infraestrutura, da Casal e da Caixa Econômica Federal (CEF) se reúnem – na próxima sexta-feira, dia 26, às 10 horas – com o procurador-geral de Justiça, Sérgio Jucá, na sede do Ministério Público Estadual (MPE), para entregar o relatório sobre o trabalho do Programa da Reconstrução.

 

No relatório serão apresentados os problemas identificados – inclusive que causou a inundação do conjunto residencial em União dos Palmares – nas construções e as sugestões de correção para que seja assinado um Termo de Ajuste de Conduta (TAC) com o governo. A informação foi confirmada ao blog pelo vice-governador e coordenador do programa da Reconstrução, José Thomaz Nonô (Democratas).

 

“Além de entregar o relatório, faremos uma explanação para que o Ministério Público entenda todas as dificuldades do processo. Vai possibilitar um TAC mais positivo. Com visão social e embasado em propostas técnicas e sólidas”, colocou Nonô.

 

Coincidentemente, a inundação em União dos Palmares – fato que chamou a atenção para problemas no Programa da Reconstrução – se deu uma semana depois de Nonô ter apresentado os números de casas entregues e construídas.

 

“Continuo me orgulhando muito do processo da Reconstrução sobre qualquer parâmetro. Nós temos já concluídas 14.236 casas. Entregamos mais de 10 mil. Agora, evidente que é um processo complexo. Tão complexo que fez com no Rio de Janeiro não foi entregue uma única casa Em Pernambuco, semelhante a nossa não chegou a 2 mil”, salientou.

 

Questionado sobre a situação específica de União dos Palmares, o vice-governador salientou: “Às vezes a mídia faz um carnaval e não se preocupa em explicar. Em União dos Palmares, entregamos mais de 2 mil casas. As perdas matérias desta enchente de agora foram sete casas. E os danos de água que invadiu, foram não mais que 63 casas. Foram 63 em mais de 2 mil. A inundação foi muito mais do calor da mídia, do que de fato do que acontecia”.

 

De acordo com o que o coordenador do Programa da Reconstrução, União dos Palmares foi uma “peculiaridade”. “Havia um pré-projeto de União de Palmares o que permitiu que o processo fosse agilizado.  O relatório mostra claramente o que houve: a boca de lobo foi dimensionada com espessura menor que deveria ter. Como a precipitação da chuva foi forte a saída também não tinha o dimensionado previsto para a quantidade de chuva que caiu. Houve um estrangulamento. Já estão consertando. Aumentando o diâmetro e se redimensionando. Segundo construtores, vai sanar definitivamente a questão”.

 

Nonô ainda coloca que todo o trabalho necessário a ser feito pelas construtoras será sem aditivo. “É um prejuízo onde perde todo mundo”.  “Pior que as enchentes, são as invasões que causam danos a todo mundo. E os reparos nas casas tem que ser feito sem aditivo. É o mesmo valor por casa e ponto final”, complementa.  O vice-governador acredita que todo o Programa da Reconstrução estará concluído até março do ano que vem. 

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