Ao entrar no segundo semestre de sua gestão, o prefeito de Maceió, Rui Palmeira (PSDB) se reuniu – no dia de ontem, 22 – com os secretários e vereadores da capital alagoana. O objetivo – de acordo com o próprio prefeito – foi de estreitar laços e avaliar pontos da administração, além da relação entre o Executivo e o Legislativo.

Rui Palmeira possui imensa maioria na Câmara Municipal de Maceió. A chamada governabilidade tem se estabelecido, como é comum em todas as administrações, diante das indicações de vereadores para cargos específicos da administração municipal (como no caso dos postos de saúde), além da relação entre os edis e as pastas, com requerimentos e solicitações.

Fiz algumas perguntas ao prefeito de Maceió, em relação à temática do encontro com os vereadores e secretários, bem como a avaliação da própria gestão. Segue as perguntas e as respostas logo abaixo:

Foi finalizado o primeiro semestre de gestão. Que avaliação é possível fazer da equipe escolhida para auxiliá-lo na tarefa de executar o plano de governo? O senhor está satisfeito ou já pensa em alguma mudança no quadro?

Eu não penso em mudança ainda porque é muito pouco tempo para isto. É claro que, nestes seis meses, algumas secretarias desenvolveram muito bem e outras não. Mas, são questões pontuais que envolvem as estruturas encontradas dentro de cada uma destas secretarias. Estamos buscando uma unidade administrativa. Porém, é muito pouco tempo para fazer uma avaliação da equipe. O que posso dizer é que estou satisfeito com o secretariado de uma maneira geral, mas que ainda não dá para fazer esta aferição.

Então, que nota o senhor daria para a sua gestão já que o encontro com os secretários e vereadores também serve de uma avaliação?

Eu não posso dar esta nota. Quem tem que dá nota da gestão é a população. Não sou eu.

Quanto à Câmara Municipal, como o senhor tem avaliado a relação entre o Executivo e o Legislativo da capital alagoana?

A relação com a Câmara Municipal de Maceió tem sido bastante positiva. Nós sempre temos dialogado com a Câmara através do nosso líder (vereador Eduardo Canuto do PV) e por meio da Mesa Diretora e o seu presidente (vereador Francisco Filho do PP). Sempre que vamos encaminhar uma matéria consultamos e conversamos. Algumas que foram enviadas, a própria Casa detectou problemas técnicos, como foi o caso da LDO, que nos permitiu a correção. Então, tem sido um bom diálogo.

Mas, o senhor enxerga a Câmara como um poder que tem sido independente?

Sim. Há críticas por parte dos vereadores e acho importante este diálogo aberto, porque o vereador é quem está mais perto da população. Alguns sofrem a cobrança de imediato em seus bairros. Ele tem a vontade de melhorar suas comunidades. Apesar de termos também esta vontade, a celeridade na administração pública não caminha como queremos, por conta da própria burocracia.

Qual o principal objetivo de um encontro como este que aglutina secretários e vereadores?

Nós temos o objetivo de realizar encontros como estes para estreitarmos laços e para que os secretários e vereadores sempre tenham acesso uns aos outros.

O senhor concluiu um primeiro semestre da sua gestão. Entra agora na reta final do primeiro ano de governo. Quais são os principais desafios deste início de administração, em sua avaliação?

O grande desafio tem sido implementar algumas políticas públicas e algumas obras que a cidade precisa. Nós vamos entrar agora em um período de inverno, mas vamos colocar algumas obras na rua. Temos vários convênios com a Caixa Econômica Federal que foram retomados, após encontramos parados. Alguns conseguimos já destravar e iniciamos obras no Santa Lúcia, no Graciliano Ramos. Há outras para iniciar. Enfim, nosso desafio agora é colocar estas ações nas ruas. Falo tanto das políticas sociais, como das obras.

Que marca o senhor que impor a sua gestão. A administração passada acabou sendo reconhecida pelo volume de obras. Fator que serve tanto para elogiar o ex-prefeito, quanto para criticá-lo ao ser chamado de “prefeito do concreto”. Como o prefeito Rui Palmeira espera ser reconhecido?

Isto é algo que venho falando desde o início. Eu quero ser reconhecido como um prefeito responsável que fez as coisas como deveriam ser feitas. É claro, precisamos de ações em curto e médio prazo e a administração municipal pensa nisto. Mas precisamos pensar na cidade para o futuro. A cidade de Maceió cresceu de forma desordenada, com muitos problemas históricos. Aqui não faço uma crítica a gestor A, B ou C. Aconteceram os problemas por omissão geral. Temos que resolver problemas do saneamento, da mobilidade urbana, enfim...

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