Diante dos números divulgados pelo Mapa da Violência que apontou – no fim de semana passado – a cidade de Maceió, mais uma vez, como a capital brasileira mais violenta do país, busquei ouvir o prefeito de Maceió, Rui Palmeira (PSDB) sobre o assunto. Como ele recebia a notícia e qual a avaliação que faz destes números?

O Mapa da Violência – que faz o levantamento entre os anos de 2001 e 2011 - mostra tanto a capital alagoana, como o Estado de Alagoas, como locais onde as taxas de homicídio estão acima da média. Comentei sobre o assunto no blog em outras postagens.

Rui Palmeira não questiona os dados. O chefe do Executivo destaca que a administração municipal – em sua visão – precisa se engajar na luta por reverter os índices alarmantes mostrados pelo Centro Brasileiro de Estudos Latino-Americano.

O tucano defende uma sinergia entre governo do Estado e prefeitura de Maceió, principalmente – segundo ele – nas instalações das bases comunitárias. “Eu entendo que somente o combate focado na atuação policial não funciona e isto está mais do que provado. Nós já estamos dialogando há algum tempo com o secretário da Defesa Social, Dário César e com o secretário municipal Edmilson Cavalcanti. Este diálogo visa que a prefeitura busque atuar de forma preventiva”.

Para Rui Palmeira, as política sociais que podem ser desenvolvidas pela estrutura municipal, é de grande ajuda para o governo do Estado. “Eu acredito ser extremamente importante a instalação das bases comunitárias. Mas, onde chega a polícia, deve chegar também a mão social do Estado. Nós conseguimos nove terrenos para bases comunitárias que serão construídas em localidades que hoje estão conflagrados, como Denísson Menezes, Bom Parto e Conjunto Carminha”.

O tucano ainda complementa: “agora, entendo que é fundamental que chegue com ações sociais. Precisamos ocupar estes jovens. O que acontece muitas vezes, é que a base comunitária reduz os índices de criminalidade em uma região, mas os jovens dali acabam cometendo crimes em outros lugares e voltando ao bairro para dormir. Vira o dormitório do crime. É preciso investir em cultura, lazer e esporte. É o que vamos buscar fazer”.

O chefe do Executivo municipal cita como exemplo a cidade de Bogotá, que conseguiu reduzir os índices da violência. “É uma das cidades – como Medelín – que conseguiu superar esta situação. Nossa ideia é buscar experiências e – dentro das condições do município – replicar aqui em Maceió. Esta é a alternativa. Dar oportunidade aos jovens e futuras gerações”, finalizou. 

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