A criação do Movimento Democrático (MD) não vai vingar. PPS e PMN permanecem siglas separadas. Quanto ao PPS, no campo nacional segue na oposição ferrenha ao governo federal. Na esfera estadual, um dos aliados do governador Teotonio Vilela Filho (PSDB), ocupando a Secretaria da Pesca dentro da estrutura de governo.
Conversei sobre o assunto com o presidente estadual do PPS, o secretário da Pesca Régis Cavalcante. De acordo com ele, a fusão não vai acontecer diante do silêncio da Justiça Eleitoral, em função da consulta para saber se a formação da nova sigla abriria janela para novos parlamentares e políticos com mandatos.
Régis Cavalcante explica que este era um dos principais pontos que norteava a junção dos dois partidos. Afinal, com a janela, o MD seria um espaço para aglutinar forças opositoras ao governo de Dilma Rousseff (PT). “A ideia era enfrentar o rolo compresso do governo federal que tentava impedir novos partidos, com o de Marina Silva (a Rede), dentre outros”.
Em Brasília, o PPS tem feito uma oposição muito mais incisiva do que os tradicionais rivais do PT, que são os tucanos. Ao menos é o que se percebe em relação ao discurso do deputado federal Roberto Freire (São Paulo).
Como a segurança para a filiação de novos parlamentares - “não apenas os oriundos do PMN” - não ficou clara, o plano se desfaz. “Se não é possível abrir a janela, tudo indica que a fusão não vai andar”. Quanto ao papel de oposição ao atual projeto, Régis Cavalcante sentencia: “era um ponto que definimos como ‘cláusula pétrea” para a nova formação da MD. Venha na condição de ter posição política”.
Com isto, como já colocou o blogueiro Volney Malta do CadaMinuto, o deputado federal Francisco Tenório reassume o comando do diretório estadual do PMN em Alagoas, ficando no lugar do ex-dirigente partidário Gerson Guarines. Será formada uma diretoria provisória, até que se tenham os membros definitivos.
Se na Terra dos Marechais, o PPS tem posição favorável ao governo do Estado de Alagoas; o PMN tem um norte bastante collorido.
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