O Índice Geral de Preços-Mercado (IGP-M), utilizado para reajustar os preços da maioria dos contratos de aluguel, subiu 0,74% na segunda prévia de junho, ante variação positiva de 0,01% no mesmo período de maio, informou a Fundação Getulio Vargas (FGV) nesta terça-feira.

Em relação à primeira prévia do mês, também houve aceleração da alta, após avanço de 0,43% na apuração anterior. Na segunda prévia de junho, o Índice de Preços ao Produtor Amplo (IPA), que mede a variação dos preços no atacado e responde por 60 por cento do índice geral, teve alta de 0,6%, ante queda de 0,2% em igual período de maio.

Em relação à origem dos produtos, os agropecuários registraram avanço de 1%, após caírem 1,96% no mesmo período de maio. Já os industriais subiram 0,45%, leve desaceleração ante alta de 0,47% no mês anterior. Entre os estágios de produção, os preços dos Bens Finais subiram 0,14%, ante avanço de 0,15% anteriormente. Já no segmento Bens Intermediários, houve alta de 0,64%, ante deflação de 0,19% na segunda prévia de maio.

Por sua vez, o índice de Matérias-Primas Brutas apresentou avanço de 1,1%, contra variação negativa de 0,64% no mês anterior.

Varejo

O Índice de Preços ao Consumidor, com peso de 30% no índice geral, acelerou também levemente a alta para 0,38%, contra 0,31% visto anteriormente. A principal contribuição partiu do grupo Habitação, que subiu 0,66% na segunda prévia de junho ante alta de 0,12% no mesmo período do mês anterior.

Ainda segundo a FGV, o Índice Nacional de Custo da Construção (INCC) registrou elevação de 2,41%, depois de subir 0,68% na segunda apuração de maio. Dentro do INCC, que responde por 10% do IGP, o item Mão de Obra teve alta de 4,05%, após avanço de 0,85% na segunda prévia de maio. Já os preços de Materiais, Equipamentos e Serviços subiram 0,64%, ante 0,5%. A resistência da inflação em patamares elevados fez com que o Banco Central endurecesse seu discurso, afirmando que trabalhará com a "devida tempestividade" para combatê-la.

Em abril, o Comitê de Política Monetária (Copom) iniciou um novo ciclo de aperto monetário, que já levou a taxa básica de juros (Selic) a 8%. Pesquisa Focus com economistas de instituições financeiras mostrou na segunda-feira expectativa de que a taxa básica de juros chegue a 9% até o final deste ano.