Um Comitê Municipal contra o aumento da passagem de ônibus foi criado, nesta terça-feira (18), com o objetivo de dialogar com órgãos públicos e empresários para evitar que a tarifa do transporte urbano seja reajustada na capital alagoana. O comitê é composto por entidades sindicais, populares e estudantes.

Segundo o presidente do Movimento de Combate à Corrupção Eleitoral em Alagoas (MCCE), Antônio Fernando, os usuários querem ter acesso à composição das planilhas apresentadas pelos empresários para conhecer as justificativas do aumento da tarifa que passaria dos atuais R$ 2,30 para R$ 2,85. “Queremos a cobrança de uma tarifa justa, mas temos que saber os verdadeiros custos dos empresários e o porquê de estarem pleiteando esse aumento de R$ 0,55”, colocou.

O comitê deve encaminhar ao prefeito Rui Palmeira um ofício solicitando uma audiência para discutir a situação, assim como para a Superintendência Municipal de Transporte e Trânsito (SMTT). Os integrantes devem ainda marcar presença na audiência pública que acontecerá esta semana na Câmara Municipal de Maceió onde o transporte público será a pauta principal. “Sabemos que o diálogo é o melhor caminho para resolver qualquer questão. Ir às ruas é a última saída encontrada pela sociedade para cobrar seus direitos”, disse o presidente.

Outro ofício será encaminhado ao Procon com o objetivo de que providências sejam adotadas para punir as empresas de ônibus em Maceió que, segundo o comitê, precisa ter uma maior fiscalização dos órgãos públicos, por ferir a dignidade da sociedade. Eles citam o descumprimento de horários, a frota velha e reduzida, pneus ‘carecas’, falta de segurança e péssima qualidade do serviço oferecido como alguns dos fatores que merecem mudanças no transporte público.

As entidades que integram são o MCCE, Força Sindical, prefeitura comunitária dos Moradores da Zona Norte de Maceió, entidades de bairros e lideranças estudantis.